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    novo governo

    Temer ameaça suspender patrocínio da Caixa a evento em apoio a Dilma

    VALDO CRUZ
    GUSTAVO URIBE
    DE BRASÍLIA

    19/05/2016 17h33 - Atualizado às 21h59

    O governo Michel Temer ameaça suspender patrocínio da Caixa Econômica Federal a evento de blogueiros e ativistas contrários ao impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff.

    O patrocínio da empresa estatal foi autorizado pela administração petista em março e totalizou R$ 100 mil, segundo publicação no "Diário Oficial da União".

    Inicialmente, a gestão interina havia mandado suspender o aporte de recursos. No início da noite, contudo, o governo federal foi informado que todo o material gráfico do evento já havia sido produzido.

    Com isso, a gestão peemedebista recuou na suspensão imediata, mas ameaçou não desembolsar o dinheiro caso o evento seja politizado, o que, segundo o governo interino, contraria as regras de patrocínio da empresa estatal.

    Intitulado 5º Encontro Nacional de Blogueiros e Ativistas Digitais, o evento será realizado entre os dias 20 e 22 de maio, em Belo Horizonte (MG).

    A presidente afastada e seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, devem comparecer na noite desta sexta-feira (20).

    A programação do evento ressalta que ele discutirá "a defesa da democracia" e a "luta contra o golpismo midiático" e terá as participações de blogueiros de esquerda.

    O governo interino justifica a decisão de suspender o patrocínio a uma reorganização da estratégia midiática da nova gestão, que pretende também reavaliar todos os contratos de publicidade do governo de Dilma Rousseff com veículos de imprensa, sejam eles tradicionais ou sites e blogs alinhados à gestão petista.

    O peemedebista solicitou a todos os ministérios o envio de seus respectivos planos de mídia, que sofrerão um pente-fino com a intenção de cortar ou suspender patrocínios que não sejam considerados estratégicos para a máquina federal ou não estejam ligados a campanhas emergenciais de interesse nacional.

    Segundo a Folha apurou, toda verba destinada à área já foi comprometida pelo governo petista. Os valores totais não são conhecidos.

    Só a Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência), por exemplo, tinha uma verba de R$ 252 milhões para este ano para publicidade institucional.

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