A saída de Romero Jucá da esplanada dos ministérios virou pauta internacional nesta segunda-feira (23).

Jucá anunciou que se licenciará do Ministério do Planejamento até que o Ministério Público se pronuncie sobre a gravação de uma conversa sua com o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. A licença valerá a partir desta terça (24).

O anúncio ocorre no mesmo dia em que a Folha divulgou gravações em que Jucá fala em pacto para deter avanço da Operação Lava Jato.

Gravados de forma oculta, os diálogos entre Machado e Jucá ocorreram semanas antes da votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff na na Câmara dos Deputados. As conversas somam 1h15min e estão em poder da PGR (Procuradoria-Geral da República)

A divulgação das gravações são a primeira crise do governo do presidente interino, Michel Temer, que tomou posse há 11 dias.

A saída de Jucá foi divulgada pelos jornais ingleses "The Guardian" e "Financial Times", pelo americano "The Whasinhton Post", pelo espanhol "El País" e pelo argentino "Clarin".