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    Jucá diz que pedirá para Janot esclarecer se há crimes em áudios

    MACHADO DA COSTA
    MARIANA HAUBERT
    DÉBORA ALVARES
    DE BRASÍLIA

    24/05/2016 12h33

    O senador Romero Jucá (PMDB-RR), ministro do Planejamento até esta segunda-feira (23), disse que vai exigir de Rodrigo Janot, procurador-geral da República, uma manifestação sobre os áudios divulgados pela Folha. "Precisa dizer se há algum crime ou conduta irregular".

    Jucá afirmou que Temer pediu para que ele permanecesse à frente da pasta, mas que não voltará a ocupar o cargo até que Janot o isente.

    O senador repetiu o discurso que foi incapaz de segurá-lo no cargo –de que as suas falas na conversa com o ex-senador Sérgio Machado foram mal interpretadas. "O que eu disse já disse em outras oportunidades. Não fiz nenhuma ação para impedir a Lava Jato."

    A previsão é que Jucá faça uma defesa formal na quarta-feira (25) no Senado. "O fórum apropriado pada debater a postura dos senadores."

    Este foi o primeiro discurso do senador desde que ele voltou ao Congresso. Apesar de ter planejado se pronunciar apenas na quarta, ele subiu à tribuna para rebater o pronunciamento da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM).

    Grazziotin considerou grave o conteúdo da conversa entre Jucá e Machado. Após a fala de Jucá, Grazziotin respondeu baseando-se no que a reportagem publicou.

    "Eu não estou querendo colocar mais lenha na fogueira, mas o que estou falando é com base no que foi publicado na Folha", disse.

    Nesta segunda (23), Jucá deixou o governo depois de a Folha divulgar gravações em que ele sugere um pacto para deter a Operação Lava Jato.

    META FISCAL

    Jucá também aproveitou a abertura dada pelo presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL) para criticar o governo de Dilma Rousseff e elogiar a meta fiscal encaminhada por ele, enquanto ministro do Planejamento.

    "Estou aqui hoje para apresentar essa meta fiscal, que é um número realista; responsável; que tira da conta um superavit fantasma", disse.

    Segundo ele, caso a aprovado o limite de gastos pedido pelo governo Temer, importantes investimentos serão destravados e ajudará estados e municípios a se reestruturarem economicamente.

    "A proposição permite destravar investimentos, como a transposição do rio São Francisco, a ampliação de adutoras, obras de estradas e levar mais recursos para a saúde. É bom que senadores e deputados vejam que nessa proposta está contemplada também a renegociação dos estados e municípios. Isso dará funcionalidade aos estados, que estão em situação de penúria", afirmou.

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