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    Sindicato de servidores da CGU pede a demissão de ministro gravado

    DE BRASÍLIA

    30/05/2016 12h28

    Pedro Ladeira - 12.mai.2016/Folhapress
    O ministro da Transparência, Fiscalização e Controle, Fabiano Silveira
    O ministro da Transparência, Fiscalização e Controle, Fabiano Silveira

    O sindicato que representa os servidores da antiga CGU (Controladoria-geral da União) divulgaram uma carta pública em que pedem a demissão do ministro Fabiano Silveira, responsável pela pasta de Transparência, Fiscalização e Controle, órgão que hoje desempenha as funções que cabiam à Controladoria.

    O manifesto foi divulgado nesta segunda-feira, após o Fantástico, da TV Globo, veicular a gravação de uma reunião em que Fabiano Silveira criticou a Operação Lava Jato e deu orientações ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), a quem é ligado.

    A nota assinada pelo Sindicato Nacional dos Analistas e Técnicos de Finanças e Controle (Unacon Sindical) sustenta que, em virtude das revelações feitas pelo programa, Silveira "demonstrou não preencher os requisitos de conduta necessários para estar à frente de um órgão que sela pela transparência pública e pelo combate à corrupção".

    Fabiano Silveira foi gravado pelo ex-diretor da Transpetro, Sérgio Machado, que se tornou delator da Lava Jato. Na época do diálogo, Silveira ocupava uma cadeira no CNJ (Conselho Nacional de Justiça), colegiado responsável por fiscalizar o poder Judiciário.

    Segundo o programa, a gravação ocorreu no fim de fevereiro, na casa de Renan Calheiros. Servidor do Senado, Fabiano foi indicado para o CNJ pelo peemedebista.

    Silveira chegou a recomentar que Renan não apresentasse certos argumentos na defesa de um dos inquéritos.

    "Está entregando já a sua versão pros caras da... PGR, né. Entendeu? (...) Quando você coloca aqui, eles vão querer rebater os detalhes que colocou", afirmou.

    Fabiano também disse que Sérgio Machado devia procurar o relator de um dos processos da Lava Jato no STF (Supremo Tribunal Federal), sem citar qual deles.

    Na carta pública, o sindicato "exige a imediata exoneração" do ministro, assim como a revogação da legislação que determinaram as mudanças na CGU.

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