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    novo governo

    Manutenção de ministro é 'desatino', diz presidente do sindicato da CGU

    GABRIEL MASCARENHAS
    DE BRASÍLIA

    30/05/2016 18h38

    Eraldo Peres/Associated Press
    Protesto de servidores que "lavaram" o gabinete do ministro Fabiano Silveira
    Protesto de servidores que "lavaram" o gabinete do ministro Fabiano Silveira

    Presidente do sindicato que representa os servidores da antiga CGU (Controladoria-Geral da União), Rudinei Marques classificou como 'desatino' a manutenção de Fabiano Silveira à frente do Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle, pasta que assumiu as funções que cabiam à controladoria.

    Nesta segunda-feira (30), o presidente interino, Michel Temer, decidiu não substituir o ministro, mesmo após o Fantástico, da TV Globo, ter veiculado gravações em que ele critica a Operação Lava Jato e dá orientações ao presidente do Senado, Renan Calheiros.

    Em entrevista coletiva nesta segunda, Rudinei Marques disse não acreditar na decisão tomada por Temer e, assim como já havia feito por meio de nota oficial, pediu a demissão de Silveira.

    "Mantê-lo no ministério seria uma decisão absolutamente insustentável. Não acredito que ele [Temer] cometa mais esse desatino [...] Fabiano está na CGU com objetivos pouco confessáveis", afirmou o presidente do sindicato.

    Ele confirmou também que vários servidores ocupantes de postos de chefia já colocaram seus cargos à disposição, em protesto à permanência de Fabiano Silveira, que é aliado de Renan Calheiros.

    De acordo com ele, cerca de 250 funcionários públicos que atuam na CGU assinaram um documento em que se dizem dispostos a abandonarem os postos, caso Silveira não seja exonerado.

    O líder sindical também criticou a classe política. "Maioria dos políticos não quer é que órgão de controle funcione. E buscam minimizar, atenuar e comprometer investigações. Se [Temer] cometer esse desatino, estamos preparados para a luta", adiantou.

    LAVAGEM

    Pela manhã, servidores da CGU fizeram um protesto no prédio do órgão, em Brasília. Com vassouras e esfregões, eles "lavaram" a porta do gabinete do ministro, a escada e o hall de entrada do edifício. Mais tarde, parte deles seguiu em caminhada até o Palácio do Planalto.

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