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    novo governo

    Após demissão de ministro, Geddel diz que ninguém é insubstituível no governo

    GUSTAVO URIBE
    DÉBORA ÁLVARES
    DE BRASÍLIA

    31/05/2016 17h44

    Danilo Verpa - 20.abr.2016/Folhapress
    SAO PAULO - SP - 20.04.2016 - Geddel Vieira Lima chega a escritorio no bairro de Pinheiros, em Sao Paulo onde o vice-presidente Michel Temer esta. (Foto: Danilo Verpa/Folhapress, PODER) ORG XMIT: TEMER EM SP
    O ministro da Secretaria do Governo de Temer, Geddel Vieira Lima

    No dia seguinte ao pedido de demissão de Fabiano Silveira do comando do Ministério de Transparência e Controle, o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, disse nesta terça-feira (31) que ninguém é insubstituível na administração Michel Temer.

    Na saída de almoço com líderes da base aliada, com a presença do presidente interino, o ministro ressaltou que o auxiliar que tiver problemas e não conseguir se explicar deixará o governo peemedebista.

    "Se ministros efetivamente cometerem ilícitos e equívocos, o presidente interino já disse na primeira reunião, deixam o governo e a vida continua. Entrará outro no lugar e tocará o governo. Ninguém é insubstituível", disse. "O ministro que tiver com problemas, que se explique. Se não conseguir se explicar, deixe o governo", acrescentou.

    Gravado em conversa na qual criticou a Operação Lava Jato, Fabiano Silveira pediu exoneração do cargo após protestos e demissões de funcionários públicos, que exigiam a saída dele do cargo.

    No diálogo, revelado pelo "Fantástico", Silveira orienta o presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado a atuar nos procedimentos em que são investigados na Operação Lava Jato.

    PROVOCAÇÃO

    Na saída do almoço, o ministro também fez um provocação sobre o jornalismo. Ao ser questionado sobre a resistência do presidente interino em demitir o auxiliar, Geddel disse que Temer é presidente, não jornalista que, segundo ele, tem de escrever "a primeira informação que tem".

    "O presidente da República, diante de fatos como esse, tem de ter a calma e tranquilidade para analisar todos os aspectos. Ele é presidente, não é jornalista, que tem de escrever a primeira informação que tem. Ele tem de analisar tudo, inclusive o que está sendo publicado e colocado, além de pesquisar e saber todos os lados para tomar a decisão. O ministro resolveu se antecipar à decisão do presidente, menos mal", disse.

    O ministro também refutou a defesa feita por aliados do peemedebista de escolher uma mulher para substituir Silveira, em uma tentativa de arrefecer as críticas sobre a ausência de nomes femininos no primeiro escalão.

    Para ele, o presidente interino tem de procurar alguém qualificado, "seja homem, seja mulher, seja de outro sexo".

    "Considero uma ofensa à mulher. O presidente tem de encontrar uma pessoa competente. Se essa pessoa competente for uma mulher, bacana. Essa questão não é apenas de gênero, mas de qualificação. Ele vai procurar alguém qualificado, seja homem, seja mulher, seja de outro sexo", disse.

    Na tentativa de evitar novas ameaças de demissões de servidores da pasta, o presidente interino começou a avaliar na noite de segunda-feira (30) nomes de carreira para o lugar de Silveira.

    A escolha, no entanto, passará pelo presidente do Senado Federal, responsável pela indicação do atual ministro para o posto.

    Segundo a Folha apurou, Temer já informou a Renan por meio de um interlocutor a disposição de ouvi-lo antes da escolha.

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