Com quase três anos de atraso, a presidente afastada Dilma Rousseff abriu nesta quarta-feira (1º) espaço em sua agenda para receber o ex-senador Eduardo Suplicy, do PT.

Desde julho de 2013, ele vinha insistindo em uma audiência com a petista no Palácio do Planalto, chegando a enviar mais de vinte cartas, mas todas as tentativas acabaram canceladas pela presidente afastada.

No ano passado, o então secretário municipal de São Paulo chegou a desabafar nas redes sociais após o encontro ter sido desmarcado na última hora. Ele disse ter ficado triste por não ter sido recebido, mas ressaltou que não pretendia desistir.

No Palácio da Alvorada, onde reside durante o período de afastamento, Dilma recebeu Suplicy por cerca de 40 minutos. O encontro foi combinado na semana passada por telefone.

O petista reconheceu que sua insistência foi "bem sucedida" e avaliou o encontro como "ótimo".

Segundo ele, Dilma aceitou a sugestão dele de constituir na Presidência da República um grupo de trabalho que estude as etapas previstas para instituir a renda básica da cidadania, principal bandeira política do petista.

"Eu também disse a ela que estou atuando no Senado Federal para ajudá-la na votação do impeachment. E ela me agradeceu", disse.