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    EBC retoma uso de 'presidenta' após volta de diretor nomeado por Dilma

    DE SÃO PAULO

    02/06/2016 16h47

    Em texto publicado às 15h15 desta quinta-feira (2), a Agência Brasil, da estatal EBC (Empresa Brasil de Comunicação), responsável pela gestão das empresas de TV e rádio do governo federal, voltou a usar o termo "presidenta" ao se referir à presidente afastada, Dilma Rousseff (PT).

    A mudança ocorre após o retorno do jornalista Ricardo Melo, nomeado por Dilma, à função de diretor-presidente da EBC.

    Melo reassumiu o cargo depois de liminar deferida nesta quarta (1º) pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Dias Toffoli. Segundo Melo e um comunicado emitido pela gestão anterior da EBC, o jornalista teria direito a um mandato de quatro anos, o que está previsto em lei aprovada pelo Congresso.

    Eduardo Anizelli - 19.fev.2016/Folhapress
    O diretor da EBC (Empresa Brasil de Comunicação), jornalista Ricardo Melo
    O diretor da EBC (Empresa Brasil de Comunicação), jornalista Ricardo Melo

    Porém, ao assumir as funções de presidente interino da República, Michel Temer exonerou Melo e nomeou para o cargo o jornalista Laerte Rimoli, que havia trabalhado, em 2014, na comunicação da campanha presidencial do senador Aécio Neves (PSDB-MG). A AGU (Advocacia-Geral da União) havia apoiado a decisão de Temer.

    O termo "presidenta" vinha sendo usado pelo governo federal desde a posse de Dilma em 2011. No final da semana passada, porém, funcionários da EBC foram orientados a mudar a forma de tratamento do cargo na TV Brasil e também na Agência Brasil, segundo a Folha apurou.

    Apenas funcionários da TV receberam essa orientação por e-mail. "Por orientação da gerente executiva, informamos que a TV Brasil passa a adotar a forma 'presidente' independente do gênero. Deixamos, portanto, de usar presidenta", diz e-mail interno, ao qual a Folha teve acesso.

    Na Agência Brasil —que produz conteúdo gratuito em texto para todo o país— não houve determinação formalizada por comunicado interno, mas a orientação teria sido passada a editores na última segunda-feira (30).

    Procurada pela Folha, a direção da EBC informou, por meio do setor de comunicação, que a empresa ainda não havia sido notificada e, por isso, não iria se manifestar sobre a decisão do ministro do STF.

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