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    Lava Jato

    FHC diz que acusações de Cerveró não têm 'qualquer fundamento'

    DE SÃO PAULO

    03/06/2016 16h19 - Atualizado às 02h32

    Eduardo Anizelli - 25.abr.2016/Folhapress
    Fernando Henrique Cardoso na sede de seu instituto, em SP
    Fernando Henrique Cardoso na sede de seu instituto, em São Paulo

    O ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso (PSDB) rebateu nesta sexta (3) acusações do ex-diretor da Petrobras e delator da Lava Jato Nestor Cerveró, que disse ter sido orientado a fechar negócio com uma empresa ligada a um filho do tucano.

    "Notícias veiculadas pela mídia a propósito de delação do senhor Nestor Cerveró sobre o governo FHC não têm qualquer fundamento", afirma nota publicada na página de FHC no Facebook.

    "Fernando Henrique Cardoso jamais interferiu ou orientou aquisições pela Petrobras durante os dois mandatos que exerceu como Presidente da República. Esclarecimentos mais detalhados podem ser prestados pelos técnicos que dirigiram a empresa no período mencionado", diz o comunicado.

    O depoimento de Cerveró foi tornado público na quinta (2). Segundo o executivo, que está preso desde janeiro de 2015, o caso ocorreu entre os anos de 1999 e 2000, quando ele era subordinado ao ex-senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS) na diretoria de Gás e Energia da estatal.

    Cerveró afirmou que foi procurado pelo lobista Fernando Soares, que representava uma empresa espanhola interessada em se associar à Petrobras na termoelétrica do Rio de Janeiro (Termorio). Mas que o negócio já estava fechado com uma empresa vinculada a Paulo Henrique Cardoso, filho de FHC.

    Segundo Cerveró, a empresa se chamava PRS Participações e o negócio foi fechado por orientação do então presidente da Petrobras Philippe Reichstul.

    A nota publicada na rede social diz que "Paulo Henrique Cardoso nunca foi ligado à empresa PRS, nunca ouviu falar dela nem, portanto, teve qualquer relação comercial com a referida empresa, nem, muito menos, teve algo a ver com compras da Petrobras".

    Procurado na quinta, Paulo Henrique Cardoso já havia afirmado que não tem nenhuma relação com o fatos descritos.

    Reichstul também negou o relato de Cerveró. Ele disse nunca ter ouvido "qualquer menção" sobre o envolvimento de Paulo Henrique Cardoso, filho do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em negócios com a estatal.

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