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    CCJ adia votação de parecer que pode mudar regras de cassação de mandato

    DÉBORA ÁLVARES
    DE BRASÍLIA

    07/06/2016 15h46

    Pedro Ladeira -30.mar.2013/Folhapress
    BRASILIA, DF, BRASIL, 30-03-2015, 14h00: Reunião da CCJ da Câmara dos Deputados que tenta votar PEC que reduz a maioridade penal no Brasil. Manifestantes contrários à aprovação da PEC ficaram do lado de fora e protestaram com cartazes e palavras de ordem. Manifestantes favoráveis à aprovação se manifestaram abrindo uma faixa dentro do plenário. O dep. Arthur Lira (PP-AL) preside a sessão e o dep. Luiz Couto (PT-PB) é o relator da matéria. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress, PODER)
    O deputado Arthur Lira (PP-AL), que deu parecer favorável a Cunha em mudança de regras de cassação

    A Comissão de Constituição e Justiça adiou para quarta-feira (8) a votação do parecer do deputado Arthur Lira (PP-AL) que tenta mudar as regras da Câmara para a cassação de deputados.

    A consulta foi apresentada na última semana à CCJ pelo presidente interino, Waldir Maranhão (PP-MA), e pode livrar Cunha de perder o mandato caso seja aprovada pelo colegiado.

    Após obstrução de PSDB, PT, DEM, PCdoB e PR logo no início da reunião desta terça-feira (7), o deputado Covatti Filho (PP-RS), que estava presidindo os trabalhos, propôs um acordo para deixar a consulta, assunto que motivava o comportamento dos partidos, para a reunião seguinte. Com isso, a CCJ seguiu normalmente as votações nesta tarde.

    O deputado Bruno Covas (PSDB-SP) ponderou que o adiamento das discussões da consulta feita por Maranhão não garantiriam a votação da proposta. O líder do DEM, Pauderney Avelino (AM) destacou que não há interesse do colegiado em votar a consulta.

    Apresentado nesta segunda-feira (6) à Comissão de Constituição e Justiça, o parecer de Arthur Lira tem como autor de seu arquivo eletrônio o assessor técnico Lucas de Castro Rivas, que assessora juridicamente a tropa de choque que tenta salvar o mandato do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

    A consulta faz quatro questionamentos: 1) Se no caso de o Conselho de Ética decidir aplicar uma punição a um deputado, o plenário da Câmara deve votar um parecer ou um projeto de resolução vindo do conselho; 2) se são admitidas emendas em plenário; 3) se essas emendas podem prejudicar o acusado; 4) se no caso de o plenário rejeitar o projeto, é votado a denúncia original que pede a cassação ou ela é automaticamente arquivada.

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