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    Após gafe em grampo, Paes diz que túnel no Rio beneficiará Maricá

    ITALO NOGUEIRA
    DO RIO

    08/06/2016 15h39

    Leitor
    Moradores de Maricá (RJ) promovem "malhação de Judas" com boneco de Eduardo Paes
    Moradores de Maricá (RJ) promovem "malhação de Judas" com boneco de Eduardo Paes

    O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), apresentou nesta quarta-feira (8) a operação do túnel Marcello Alencar, na zona portuária, a ser inaugurado no dia 19.

    Em seu discurso, disse que a obra melhora o trânsito não só para os cariocas, mas também para os moradores da região metropolitana. Fez questão de citar em seu discurso Maricá, cidade que criticou em telefonema ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, gravada com autorização da Justiça na operação Lava Jato.

    "Esse túnel vai dar um alívio para os cariocas, que passaram por todo os transtornos das obras. E não só aos cariocas, mas para a população da região metropolitana como um todo: Niterói, São Gonçalo e Maricá", disse Paes.

    Diante dos risos de jornalistas e assessores presentes, ele disse: "Não sei do que vocês estão rindo".

    Na gravação, Paes e Lula conversavam sobre o sítio frequentado pelo ex-presidente em Atibaia, alvo de investigação da Polícia Federal. O prefeito afirmou que se tratava de um "sitiozinho vagabundo".

    "Eu falo o seguinte: imagina se fosse aqui no Rio esse sítio dele, não é em Petrópolis, não é em Itaipava, é como se fosse em Maricá. É uma merda de lugar", disse Paes na gravação.

    O peemedebista convocou uma coletiva após a divulgação do áudio para pedir desculpar à população de Maricá. Parte não aceitou e fez até "malhação de Judas" com um boneco representando Paes.

    TÚNEL

    O túnel que, segundo Paes, beneficia também os motoristas de Maricá, faz uma conexão direta dos motoristas que chegam pela avenida Brasil e ponte Rio-Niterói para o aterro do Flamengo. Ele substitui o elevado da Perimetral, demolido há quatro anos.

    No dia 19 será inaugurada a galeria sentido aterro. A outra tem abertura prevista para julho. A estimativa da prefeitura é que ela reduza o trânsito em até 35% em outras vias da cidade, atualmente sobrecarregadas pela ausência da ligação direta da zona portuária com a zona sul.

    A obra faz parte da revitalização da zona portuária do Rio, que está sob investigação da operação Lava Jato. De acordo com a apuração, há indícios de que o deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) exigiu de empreiteiras uma propina de R$ 52 milhões para liberar os recursos do FI-FGTS da Caixa, que financiam o projeto. Ele nega.

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