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    Deputado Jair Bolsonaro 'não fala mais' de pena de morte e aborto

    THAIS BILENKY
    DE SÃO PAULO

    09/06/2016 02h00

    Daniel Scelza - 15.mar.15/ABI/Folhapress
    O deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) protesta contra o governo da presidente Dilma Rousseff (PT) na zona sul do Rio, na manhã deste domingo
    O deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ), durante protesto contra a presidente Dilma Rousseff

    Na tentativa de ampliar seu eleitorado, o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) diz que abriu mão de posições polêmicas como a defesa da pena capital. "A Constituição não permite pena de morte, prisão perpétua nem trabalho forçado", declarou.

    O mesmo argumento é usado ao comentar o direito ao aborto em caso de estupro. "Não vou discutir, já é lei. Se alguém apresentar projeto para revogar, é outra história."

    A questão do estupro rendeu um dos pedidos de cassação mais ruidosos de sua carreira, decorrente da afirmação, em 2003, de que não estupraria a deputada Maria do Rosário (PT-RS), porque ela "não merecia".

    À Folha Bolsonaro afirmou que agiu por impulso. "Lógico que alguns segundos depois eu teria tido outra reação", respondeu, ao ser perguntado se se arrependia.

    Ainda assim, ele minimiza a revolta causada pelo caso de estupro coletivo de uma adolescente, em maio, no Rio. "Nós, homens, não fomos ensinados a ser estupradores. Não tem cultura do estupro. O que tem no Brasil é a cultura da impunidade."

    BATISMO

    Em aceno ao eleitorado evangélico, Bolsonaro foi batizado em Jerusalém em maio, pelo Pastor Everaldo, presidente do PSC.

    O deputado disse que continua cristão e quis com a cerimônia apenas "aceitar Jesus publicamente". "Se fosse para aparecer politicamente, eu ia botar no meu Facebook", explicou.

    Everaldo afirmou considerar "perfeitamente normal" a mudança de retórica do pré-candidato. "Para ser presidente do Brasil, tem que atender a sociedade brasileira de modo geral", justificou.

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