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    Maranhão falta em sessão e paralisa pacote anticorrupção da Lava Jato

    RANIER BRAGON
    DE BRASÍLIA

    09/06/2016 13h37 - Atualizado às 17h58

    Pedro Ladeira/Folhapress
    BRASILIA, DF, BRASIL, 18-05-2016, 11h00: O presidente da câmara dos deputados Waldir Maranhão (PP-MA) preside reunião de líderes partidários na presidência da câmara. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress, PODER)
    O presidente da Câmara Waldir Maranhão (PP-MA) preside reunião de líderes em maio

    O presidente interino da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA), não apareceu, na manhã desta quinta-feira (9), para tratar do pacote de projetos anticorrupção que o Ministério Público Federal entregou à Câmara há mais de dois meses.

    O pacote recebeu mais de duas milhões de assinaturas de apoio, mas até agora não saiu da estaca zero na Câmara –aguarda um despacho da presidência da Casa para que seja criada uma comissão especial de análise das proposições.

    Apesar de ter marcado uma audiência às 11h com deputados para receber mais assinaturas de apoio e definir a criação da comissão, Maranhão fez esses deputados esperarem por um hora e, ao final, acabou não aparecendo. A assessoria de imprensa da Câmara informou apenas que ele teve um problema de agenda e que remarcou o encontro para a próxima terça-feira (14).

    O pacote do Ministério Público, intitulado "dez medidas contra a corrupção", trata, em linhas gerais, de propostas de mudanças na legislação para dar celeridade aos processos judiciais, além de endurecer punições para corrupção. As medidas foram concebidas pela força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba e, posteriormente, encampadas pela Procuradoria-Geral da República.

    O presidente da Frente Parlamentar Mista de Combate à Corrupção, Antonio Carlos Mendes Thame (PV-SP), é um dos que subscreveram projeto para englobar as propostas do pacote.

    Ele disse que o então presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) havia se comprometido a dar seguimento aos projetos em audiência no dia 4 de maio, mas o peemedebista, que é um dos principais alvos da Lava Jato, foi afastado no dia seguinte pelo Supremo Tribunal Federal.

    Mais tarde, a assessoria da presidência da Câmara afirmou que o prolongamento de um compromisso de Maranhão fora da Câmara o impediu de ir à audiência. "Ressalte-se que o presidente Waldir Maranhão lamenta o ocorrido e tem todo o interesse em fortalecer as medidas de combate à corrupção e de aumento da transparência no setor público."

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