O ex-senador Gim Argello (DF) anunciou nesta quinta-feira (9) que deixará a vida pública para focar em sua defesa judicial e, por isso, se desfiliou do PTB, em que era presidente regional no Distrito Federal.

Argello está preso preventivamente desde abril pela Operação Lava Jato. Ele foi acusado pelo dono da UTC Engenharia, Ricardo Pessoa, de ter atuado para blindar a convocação de empreiteiros das construtoras na CPI da Petrobras no Senado e na CPI mista da estatal. De acordo com Pessoa, ele pagou R$ 5 milhões a aliados do ex-parlamentar. Gim Argello era o vice-presidente da comissão, que funcionou em 2014.

Argello enviou uma carta de renúncia ao presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson nesta quinta. No documento, segundo nota divulgada pela assessoria da sigla, Argello agradeceu a Jefferson "pela oportunidade concedida a ele de permanecer à frente do PTB-DF".

Ele também afirmou que sempre atuou com "lisura e dignidade" e que as acusações que pesam contra si causam "indignação".

"Diante da atual situação que o país atravessa, por diversas vezes tentaram macular meu nome, e nada conseguiram, mas dessa vez chegaram ao extremo, criando e envolvendo-me em uma situação que jamais existiu, e tudo o que procurarão, não sei o que, nada encontrarão, tornando-se assim uma situação de total indignação para mim e minha família, uma vez que não existe base jurídica e factual para a minha prisão bem como a manutenção da mesma", disse.

Em maio, o ex-senador virou réu pelas mesmas acusações que levaram a sua prisão.