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    A pedido de Temer, Renan retoma discussão da Agenda Brasil no Senado

    PAULO GAMA
    DO PAINEL
    MARINA DIAS
    DE BRASÍLIA

    16/06/2016 07h03

    A pedido do presidente interino, Michel Temer, Renan Calheiros (PMDB-AL) decidiu retomar os trabalhos da comissão no Senado que avalia a chamada Agenda Brasil –conjunto de propostas apresentadas em agosto de 2015 para a recuperação da economia na gestão de Dilma Rousseff.

    O pedido foi feito por Temer ao presidente do Senado em jantar na terça-feira (14), no Palácio do Jaburu. A aliados Renan afirmou que pode reiniciar os trabalhos do grupo ainda esta semana.

    No encontro, segundo participantes, o presidente interino sinalizou que via com bons olhos alguns projetos da relação e que não valia a pena deixá-los de lado apenas porque o governo anterior não tinha levado as medidas adiante.

    À época, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), então presidente da Câmara e hoje afastado do cargo, também havia sinalizado que não apoiaria os projetos.

    O pedido tende a agradar aos senadores, que contribuíram com Renan na formulação da agenda, em um momento em que Temer ainda batalha para confirmar o impeachment de Dilma na Casa.

    Para a retomada das atividades, Renan pretende determinar que os senadores que participam da comissão do impeachment não possam atuar também nas discussões sobre a Agenda Brasil –o que incomoda os aliados de Dilma, que indicaram seus melhores quadros para a discussão sobre o afastamento da petista.

    Segundo justificativa de Renan a senadores, se fossem permitidos os mesmos parlamentares nos dois grupos, nunca haveria quorum na comissão de análise da Agenda Brasil.

    Entre os projetos contemplados na relação estão medidas como simplificação de regras para licenciamento ambiental, veto à criação de programas que gerem despesas para Estados e municípios sem novas receitas, rediscussão sobre regras de terceirização de trabalho e a reforma da Lei de Licitações.

    Outros pontos da agenda já foram, inclusive, adotados pelo governo Temer no primeiro mês de gestão –como a redução no número de ministérios e a ampliação da fatia das receitas da União sem vinculação com áreas específicas.

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