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    o impeachment

    Peritos do impeachment terão de responder a 99 perguntas

    MARIANA HAUBERT
    LEANDRO COLON
    DE BRASÍLIA

    16/06/2016 20h48

    Pedro Ladeira - 13.jun.2016/Folhapress
    Raimundo Lira (PMDB-PB), presidente da comissão, e a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR)
    Raimundo Lira (PMDB-PB), presidente da comissão, e a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR)

    A junta pericial irá analisar as questões contábeis sobre os fatos que motivam o pedido de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff terão que responder a 99 perguntas feitas pela defesa da petista, pela acusação contra ela, pelo relator do processo, Antonio Anastasia (PSDB-MG) e pela senadora Ana Amélia (PP-RS). O grupo tem até o dia 27 deste mês para finalizar a perícia.

    No total, foram apresentados 114 questionamentos. A defesa apresentou 73, sendo que dez foram negados. Já a acusação protocolou 30 perguntas, das quais quatro foram indeferidas. Dos quatro questionamentos que Ana Amélia apresentou, três foram acatados e o relator fez sete perguntas. No total, 15 questionamentos foram negados, a maioria por tratar de questões não pertinentes aos objetos do processo.

    O presidente da comissão, Raimundo Lira (PMDB-PB), também afirmou que irá fazer uma reconsideração sobre a composição do grupo de consultores técnicos do Senado responsáveis pela perícia. Nesta quarta (15), a defesa pediu a impugnação do coordenador da junta, Diego Brandino Alves, por ele ter publicado em uma rede social mensagens críticas a Dilma.

    Os parlamentares ressaltaram a competência profissional de Brandino, mas alegaram que, nesse caso, ele não poderia atuar na perícia por não ter isenção. O peemedebista garantiu sua permanência na equipe pericial, mas afirmou que irá decidir se mantém Brandino na coordenação do grupo. Os outros dois integrantes da junta são: João Henrique Pederiva e Fernando Álvaro Leão Rincón.

    Para acompanhar a perícia, a defesa indicou o pesquisador do Ipea, Rodrigo Octávio Orair, e o diretor da faculdade de Direito da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, Ricardo Lodi Ribeiro.

    Já a acusação indicou a economista Selena Péres Péres Nunes.

    No ofício em que encaminhou o nome da assistente técnica, Janaína Paschoal, uma das autoras da denúncia, registrou sua inconformidade com a decisão tomada pelo presidente do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski, que autorizou a perícia. Inicialmente, o plenário da comissão havia rejeitado o pedido feito pela defesa.

    Após a conclusão da perícia, os senadores terão 24 horas para pedir esclarecimentos aos consultores sobre o conteúdo da perícia. Em seguida, os assistentes técnicos da defesa e da acusação terão 48 horas para apresentar um laudo, cada um, sobre o resultado.

    Depois disso, será marcada uma oitiva com o perito coordenador e um assistente de cada parte. Eles deverão falar no mesmo dia.

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