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    PT acha que delação de Machado pode forçar eleição, mas não ajuda Dilma

    CATIA SEABRA
    DE SÃO PAULO

    19/06/2016 02h00

    Renata Mello/Transpetro
    Presidente Sergio Machado em discurso durante cerimônia da viagem inaugural do Navio José Alencar. Foto: Renata Mello / Transpetro ***DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM***
    Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, durante evento da empresa

    Dirigentes do PT e do Instituto Lula não acreditam na hipótese de a presidente afastada, Dilma Rousseff, reassumir o cargo como consequência das acusações do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado contra líderes do PMDB –entre eles, o presidente interino, Michel Temer.

    Para integrantes da cúpula do PT ouvidos pela Folha, a delação de Machado não reverterá a tendência dos senadores de aprovação do impeachment no Congresso.

    Vice-presidente do partido, o deputado Paulo Teixeira (PT-SP) é um dos poucos a afirmar que o "o impeachment subiu no telhado".

    Na avaliação de petistas, uma nova etapa da Operação Lava Jato –a partir do acordo de delação de Machado– pode inviabilizar a permanência de Temer na Presidência, mas não deve levar Dilma de volta ao cargo.

    Ainda segundo petistas, o teor das acusações do ex-presidente da Transpetro não beneficiará o partido nem atenuará seu desgaste.

    Esses dirigentes apostam na queda de Temer seguida de uma eleição indireta. Essa votação seria conduzida pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, caso prosperem as acusações de Machado contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

    No PT, há também quem acredite em um movimento suprapartidário para a realização de novas eleições em 2017.

    Hoje, para o comando do PT, não há sinais de que um petista seria eleito presidente em tão curto prazo.

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