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    Senadora Rose de Freitas aceita ser líder de Temer no Congresso

    MARIANA HAUBERT
    GUSTAVO URIBE
    DE BRASÍLIA

    20/06/2016 22h29

    Pedro Ladeira - 8.out.2015/Folhapress
    BRASILIA, DF, BRASIL, 08-10-2015, 15h00: A senadora Rose de Freitas (PMDB-ES), presidente da CMO (Comissão Mista de Orçamento) durante coletiva de imprensa para falar sobre o processo de votação das contas do governo Dilma que foram rejeitadas pelo TCU na noite de ontem. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress, PODER)
    A senadora Rose de Freitas (PMDB-ES) durante coletiva de imprensa em 2015

    A senadora Rose de Freitas (PMDB-ES) aceitou, nesta segunda-feira (30) a liderança do governo no Congresso. O convite foi selado pessoalmente pelo presidente interino Michel Temer no início da noite.

    Com o apoio do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), Temer escolheu o nome da peemedebista para o cargo, que é responsável, principalmente, por organizar e comandar a tramitação de medidas provisórias, editadas pelo Executivo, no Congresso.

    "É o momento de trabalharmos pelo Brasil para que o país retome sua recuperação. O presidente me pediu para dar continuidade e celeridade às propostas do governo que tramitam no Congresso para que possamos dar uma resposta rápida à população com a recuperação da economia. O país não pode continuar parado e o Congresso tem papel fundamental nisso", disse à Folha.

    O Palácio do Planalto pretende anunciar oficialmente a escolha nesta terça (21). Vice-líder da bancada peemedebista, Rose tem o apoio de seu partido e conta com a simpatia de líderes da base aliada de partidos como o PSDB e DEM, que foram consultados e sinalizaram aprovação à indicação.

    Segundo assessores e auxiliares presidenciais, pesou na escolha o "perfil combativo" da senadora, apelidada no Palácio do Planalto de o "Geddel de saias", uma referência ao estilo direto e incisivo do ministro Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo).

    Em conversas reservadas, o presidente interino tem reclamado que os lideres da base aliada não têm feito uma defesa enfática do Palácio do Planalto e das medidas econômicas apresentadas pelo governo federal.

    Rose se reuniu com Temer no Planalto no início da noite. De acordo com ela, o presidente não pediu que ela reforce discursos diretamente, mas que faça andar as propostas do governo na Câmara e no Senado. "Com o avanço dos projetos, o próprio debate acontece e o governo mostra que está trabalhando", disse.

    Como sua primeira ação, Rose organizou a instalação de nove comissões especiais, nesta terça (21), que analisarão as últimas medidas provisórias enviadas ao Congresso, dentre elas a que prorroga o prazo do programa Mais Médicos, que reduziu o número de ministérios e a que cria o Programa de Parcerias de Investimentos, uma das principais bandeiras de Temer.

    Aliada de Renan, Rose foi presidente da CMO (Comissão Mista de Orçamento) no ano passado e conduziu a aprovação, antes do final do ano, do Orçamento de 2016, o que foi visto como uma vitória do governo da presidente afastada Dilma Rousseff.

    Ela também encaminhou a análise que a comissão fez sobre as contas presidenciais de 2014, que foram reprovadas com ressalvas pelo TCU (Tribunal da Contas da União). O relator do caso, senador Acir Gurgacz (PDT-RO), acabou contrariando o tribunal e apresentou um relatório pela aprovação, com ressalvas, das contas. A comissão, no entanto, ainda não votou a matéria.

    A senadora sofreu um AVC no início de maio e, mesmo ainda debilitada, fez questão de participar da sessão plenária que analisou a admissibilidade do impeachment da petista.

    A peemedebista votou pelo afastamento temporário da presidente. Sua atitude de participar da sessão foi elogiada pelo presidente interino.

    Devido ao problema de saúde, Rose está de licença médica do Senado até o dia 25 de junho. Com a nova função, no entanto, a senadora já retomou os trabalhos.

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