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    Em aceno a senadores, Temer promete sanção rápida de lei das estatais

    GUSTAVO URIBE
    DE BRASÍLIA

    22/06/2016 00h49

    Reprodução/Twitter/@MichelTemer
    O presidente interno, Michel Temer, em reunião com governadores na segunda (20)
    O presidente interno, Michel Temer, em reunião com governadores na segunda (20)

    Com nomeações para empresas estatais paralisadas, sobretudo de nomes indicados pela base aliada, o presidente interino, Michel Temer, afirmou que pretende sancionar já nesta quarta-feira (22) o projeto de lei que estabelece novas regras de administração das empresas estatais.

    A promessa, realizada no mesmo dia em que a proposta foi aprovada pelo Senado Federal, foi feita a um grupo de senadores que participaram de jantar em homenagem ao peemedebista promovido por Zezé Perrella (PTB-MG), na capital federal.

    O peemedebista lembrou que havia paralisado as nomeações de presidentes e diretores de empresas estatais até a aprovação final da proposta e que, por isso, havia uma série de nomeações represadas, entre elas de líderes da base.

    O aceno foi um dos inúmeros feitos pelo presidente interino na tentativa de garantir o apoio dos senadores presentes na votação final da votação do processo de impeachment, esperada para agosto, e na aprovação de propostas enviadas pelo governo federal.

    Na chegada ao encontro, no qual permaneceu por cerca de duas horas, o presidente interino fez questão de cumprimentar cada um deles e agradeceu pelas vitórias no Congresso Nacional nos últimos dias.

    Em um esforço para quebrar o gelo, fez piadas e tirou fotos com senadores presentes. "Olha a diferença. Nunca vimos a presidente Dilma Rousseff em um evento como esse", ironizou Benedito de Lira (PP-AL).

    Em um jantar tipicamente mineiro, com direito a leitoa e torresmo, o presidente interino sentou-se em uma mesa redonda na companhia do presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL), e dos senadores Fernando Collor (PSC-AL) e Eunício Oliveira (PMDB-CE).

    Na mesa, foi aconselhado marcar uma viagem rapidamente ao Nordeste para inaugurar "pendências deixadas" pelo governo petista, como a transposição do Rio São Francisco.

    O peemedebista chegou a marcar viagens a Alagoas e Pernambuco, mas acabou desistindo de última hora.

    Entre assessores e auxiliares do presidente interino, há o receio de protestos em uma visita à região, uma vez que é ela considerada o principal reduto eleitoral petista no país.

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