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    Lava Jato

    Para Planalto, prisão de ex-ministro de Dilma melhora o clima para Temer

    VALDO CRUZ
    DE BRASÍLIA

    23/06/2016 13h00

    O Palácio do Planalto avalia que a prisão do ex-ministro Paulo Bernardo (Comunicações), que trabalhou no governo da presidente afastada Dilma Rousseff, melhora o clima para o presidente interino, Michel Temer, na comissão especial que analisa o impeachment da petista no Senado.

    Assessores presidenciais fizeram questão de dizer que lamentavam a prisão de Paulo Bernardo, porque ele sempre foi visto como um nome moderado e aberto ao diálogo dentro do PT, mas destacaram que sua prisão fragiliza a tropa de choque de Dilma na comissão do Senado porque atinge, indiretamente, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), mulher do ex-ministro.

    A petista integra o grupo de aliados de Dilma na comissão especial do Senado que analisa o impeachment da presidente afastada. Ela costuma protagonizar duros debates com depoentes escalados para defender a tese do impeachment de Dilma.

    Agora, dizem assessores presidenciais, ela terá de explicar os motivos da prisão do marido. Nas palavras de um auxiliar, no mínimo ela terá de dividir seu tempo na comissão tentando se defender.

    Além disto, a equipe de Temer lembrou que a operação deflagrada nesta quinta-feira (23) pelo Ministério Público e pela Polícia Federal, intitulada Custo Brasil, volta a deixar o PT acuado, depois de o próprio Temer e a cúpula peemedebista ficarem na semana passada no centro do noticiário negativo gerado pela delação de Sérgio Machado.

    Dentro do Palácio do Planalto, assessores destacam ainda que a operação desta quinta atingiu outro ex-tesoureiro petista e fez busca e apreensão de documentos na sede do diretório nacional do PT, o que prejudica a imagem do partido e dificulta a defesa daqueles que pedem a volta de Dilma.

    PRINCIPAIS ALVOS DA OPERAÇÃO CUSTO BRASIL

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