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    Revelação de fraude na lei Rouanet é 1º resultado de novo laboratório da PF

    BELA MEGALE
    DE SÃO PAULO

    28/06/2016 12h03

    O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, afirmou nesta terça (28) que o Laboratório de Combate de Corrupção e Lavagem de Dinheiro criado pela Polícia Federal será usado em cruzamentos de informações das maiores operações do país.

    "A ferramenta nos permitirá o cruzamento de dados entre as operações Acrônimo, Lava Jato, Zelotes. O ministro Teori Zavaski [do Supremo Tribunal Federal] foi muito feliz na expressão de que cada vez que se puxa uma pena dessas operações grandes está saindo uma galinha inteira", disse Moraes.

    O laboratório desenvolvido pela Polícia Federal de São Paulo permite o cruzamento de dados entre instituições financeiras e agentes públicos e privados, formando um organograma da organização criminosa que está sendo investigada.

    "Os softwares nos permitem fazer cruzamento de informações para descobrir vínculos entre bens e pessoas, ou empresas e pessoas, entre outros", disse o delegado Milton Fornazari Junior, que chefia a Delegacia de Repressão a Corrupção e Crimes Financeiros, em São Paulo.

    Os primeiros frutos do laboratório foram colhidos na operação desta terça, a Boca Livre, que apura fraudes na Lei Rouanet, de incentivo à cultura.

    "São R$ 180 milhões descobertos de fraudes que deveriam ser usados para financiar cultura e foram usados para financiar riqueza pessoal", disse o ministro da Justiça.

    O delegado-geral da PF, Leandro Daiello, afirmou que o objetivo é estender o laboratório para o maior número possível de superintendências. "É essa a PF que queremos oferecer para o país: moderna e com capacidade cada vez maior de cruzamentos de dados para combate a corrupção e lavagem de dinheiro".

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