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    Senadores do PT não irão a jantar com Meirelles organizado por Renan

    MARIANA HAUBERT
    DE BRASÍLIA

    28/06/2016 17h31

    Pedro Ladeira -22.jun.2016/Folhapress
    GALERIA DA SEMANA - JUNHO 4 - BRASILIA, DF, BRASIL, 22-06-2016, 11h00: O presidente interino Michel Temer durante reunião com a equipe econômica no Palácio do Planalto. Participam os ministros Henrique Meirelles (Fazenda), Dyogo Oliveira (Planejamento), Blairo Maggi (Agricultura), Gilberto Kassab (Comunicação), Moreira Franco ( secretário-executivo do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) e o senador e ex ministro Romero Jucá. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress, PODER)
    O ministro da Fazenda do governo de Michel Temer, Henrique Meirelles

    Como forma de protesto contra o governo interino de Michel Temer, os dez senadores do PT decidiram não ir ao jantar que será realizado na noite desta terça (28) com os demais senadores e o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.

    O encontro, que será realizado na residência oficial do Senado, foi organizado pelo presidente do Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), que desde o início do mês cobra esclarecimentos do governo sobre as prioridades para o Congresso.

    "Não vamos ao jantar porque não reconhecemos o governo interino como legítimo", afirmou o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), oficializado nesta terça como líder da oposição no Senado.

    A posição do partido foi fechada em uma reunião realizada nesta segunda (27) com o presidente da legenda, Rui Falcão. Outros opositores também não deverão comparecer ao evento, como a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM).

    Diante da aproximação cada vez maior entre Renan e Temer, Lindbergh afirmou que o bloco de oposição, composto por 22 senadores, terá uma relação "institucional" com o presidente da Casa mas não o apoiarão em propostas que integram a chamada Agenda Brasil, conjunto de projetos organizados por Renan.

    Em uma entrevista à imprensa convocada pelo senador para anunciar que será o líder da oposição, Lindbergh também criticou a política econômica adotada por Temer e disse que ninguém no Brasil teria condições atualmente de ser eleito com a agenda apresentada pelo peemedebista.

    "O que vemos nesse governo provisório é o maior ataque ao direito dos trabalhadores da nossa história. Nunca vimos isso. Ataque ao direito dos trabalhadores, à soberania nacional. É impossível alguém ser eleito com eleições livres para aplicar um projeto como esse", disse.

    Ao chegar ao Senado na tarde desta terça, Renan destacou que o encontro com Meirelles vai ser importante para a retomada da Agenda Brasil para definir as prioridades do governo para a pauta do Congresso.

    "Nesse encontro vamos conversar sobre a conjuntura econômica, as perspectivas e é, na verdade, o primeiro encontro de alguns senadores com o ministro", disse.

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