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    PT desiste de ter candidato a prefeito em Ribeirão Preto, terra de Palocci

    MARCELO TOLEDO
    DE RIBEIRÃO PRETO

    04/07/2016 12h22

    Edson Silva - 26.out.2014/Folhapress
    O ex-ministro Antonio Palocci vota em colégio de Ribeirão Preto (SP) nas eleições de 2014
    O ex-ministro Antonio Palocci vota em colégio de Ribeirão Preto (SP) nas eleições de 2014

    Pela primeira vez desde a década de 80 e após sucessivos fracassos nas urnas, o PT não terá candidato a prefeito em Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo) nas eleições municipais deste ano.

    O símbolo máximo do partido na cidade é o ex-ministro (Fazenda e Casa Civil) Antonio Palocci Filho, que a governou duas vezes e que, ao término de ambas, não viu seu indicado a sucessor ser eleito.

    A posição do partido foi definida em encontro de "tática eleitoral" no último final de semana. Segundo o diretório municipal, dos 224 filiados aptos a votar, 107 compareceram e 99 deles votaram favoravelmente a que o partido não tenha a cabeça de chapa. Houve oito votos contrários, que pediam candidatura própria.

    Com isso, o PT deve indicar o vice na chapa encabeçada pelo sindicalista Wagner Rodrigues (PC do B), presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Ribeirão.

    Dois motivos pesaram na decisão do diretório, segundo relatos feitos à Folha: a falta de um candidato com chances reais de vencer a eleição e a escassez de recursos financeiros.

    Entre os nomes cotados por petistas em caso de candidatura própria estavam os de Galeno Amorim, ex-presidente da FBN (Fundação Biblioteca Nacional) alvo de uma série de críticas em sua gestão, e o vereador Jorge Parada, presidente do diretório municipal.

    As dificuldades petistas nas eleições deste ano já foram apontadas também por outros nomes, como o ex-ministro da Comunicação Social Edinho Silva, que disse que o PT é o partido que "mais vai perder" em 2016. "Será a pior eleição da nossa história."

    REVEZES

    Palocci venceu as eleições em Ribeirão em 1992 e 2000. Seu candidato em 1996, Sérgio Roxo, foi derrotado por Luiz Roberto Jábali (PSDB).

    Após Palocci renunciar ao segundo mandato em 2002 para comandar a transição de governo e assumir o Ministério da Fazenda, seu vice, Gilberto Maggioni, completou o mandato e disputou a eleição dois anos depois, mas sequer chegou ao segundo turno na disputa vencida por outro tucano, Welson Gasparini.

    Em 2008 e 2012, o PT local lançou como candidatos Feres Sabino e João Gandini, mas também não chegou ao segundo turno.

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