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    Lava Jato

    Inaugurada por Lula, reforma de centro da Petrobras teve 17 aditivos

    NICOLA PAMPLONA
    DO RIO

    04/07/2016 15h24 - Atualizado às 20h32

    Alvinho Duarte - 7.out.2010/Fotoarena/Folhapress
    O então presidente Lula na inauguração do Centro de Pesquisas da Petrobras, em 2010
    O então presidente Lula na inauguração do Centro de Pesquisas da Petrobras, em 2010

    A ampliação do Cenpes (Centro de Pesquisas da Petrobras) foi inaugurada no dia 7 de outubro de 2010, com o argumento de preparar a estrutura de pesquisa da Petrobras para o crescimento da companhia após a descoberta do pré-sal.

    A reforma é investigada pela Operação Lava Jato e desencadeou sua 31ª fase, denominada "Abismo", nesta segunda (4).

    Projetado pelo arquiteto Siegbert Zanettini, o edifício ocupa uma área de mais de 150 mil metros quadrados e está localizado na Ilha do Fundão, zona norte do Rio, em frente ao Cenpes original, inaugurado em 1973.

    São mais de 200 laboratórios, onde cientistas e pesquisadores trabalham no desenvolvimento de tecnologias para exploração de petróleo e produção de combustíveis, entre outros.

    O principal contrato da obra, para construção da edificação teve 17 aditivos, a maior parte para revisão do valor. A Petrobras pagou R$ 1,023 bilhão pelas obras civis, de acordo com dados do Portal de Transparência. Inicialmente, o contrato com as construtoras havia sido fechado em R$ 850 milhões

    Procurada, a Petrobras não informou as razões que levaram aos 17 aditivos. Disse apenas que há uma investigação interna para apurar "posssíveis irregularidades" nos contratos de ampliação do Cenpes.

    A empresa repetiu que foi "vítima de um cartel" e que está colaborando com as investigações da Operação Lava Jato.

    A inauguração da ampliação do Cenpes teve a presença do então presidente Lula, que comemorou em seu discurso a abertura do "maior centro de pesquisa da Petrobras e do Hemisfério Sul".

    Mais cedo no mesmo dia, em visita ao estaleiro Brasfels, Lula havia afirmado que em seu governo a Petrobras deixara de ser uma "caixa-preta" para se transformar em uma "caixa branca e transparente". "A gente sabe o que acontece lá dentro e a gente decide muitas das coisas que ela vai fazer", disse.

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