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    Maranhão marca eleição para quinta, mas líderes tentam antecipar data

    DÉBORA ÁLVARES
    GABRIEL MASCARENHAS
    DE BRASÍLIA

    07/07/2016 16h39 - Atualizado às 17h30 Erramos: esse conteúdo foi alterado

    O presidente interino da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA), marcou para a quinta-feira da semana que vem (14) a eleição que escolherá o novo presidente da Casa. Porém, líderes pretendem se valer de uma brecha regimental para antecipar a votação para segunda (11) ou terça-feira (12).

    Maranhão assinou um ato nesta quinta (7) para oficializar sua decisão. O documento foi lido há pouco no plenário pela deputada Erika Kokay (PT-DF), que estava presidindo a sessão.

    De acordo com o texto, os parlamentares que pretendem concorrer à cadeira deixada por Eduardo Cunha (PMDB-RJ) deverão registrar suas candidaturas até 12h do dia da eleição.

    Após a renúncia de Cunha, os líderes convocaram às pressas uma reunião para o fim da tarde para discutir a sucessão ao cargo. Uma brecha regimental permite convocações de sessões extraordinárias, ainda que seja para eleger o novo presidente.

    O clima geral na Casa é de exaustão. A maioria dos parlamentares têm pressa em tirar Maranhão do cargo temporário e fazer a Câmara retomar suas atividades normais.

    Isso devido ao jeito do pepista, que ficou conhecido por ser instável, já tendo voltado atrás de várias decisões. Quando preside sessões plenárias, o que é raro, é obrigado a lidar com uma chuva de críticas de deputados.

    As normas regimentais preveem que convocação de eleições para nova presidência ocorra em até cinco sessões.

    Maranhão já avisou a aliados que não pretende abrir mão da cadeira com tanta facilidade assim. A intenção do presidente interino é só desocupar o cargo após o recesso parlamentar.

    Uma arma que teria na mão seria a não convocação de sessões plenárias, argumento desmanchado pelos líderes.

    DISPUTA

    Pelo menos 12 nomes correm os corredores da Casa entre os interessados no mandato tampão da Presidência da Câmara.

    No PMDB, há uma ala que defende que o cargo é do partido, que conquistou o direito de presidir a Casa por dois anos com a eleição de Cunha para o biênio 2015/2016. Entre os defensores, espera-se que haja disputas somente entre peemedebistas.

    Essa ideia será apresentada aos líderes na reunião desta tarde, mas não deve ganhar corpo, uma vez que o próprio Cunha articula, de fora, um sucessor. Ele espera emplacar alguém de confiança para presidir a sessão em que será votado seu processo de cassação no plenário, o que deve ocorrer no início de agosto.

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