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    STJ revoga prisão de lobista suspeito de esquema na usina de Angra 3

    BELA MEGALE
    DE SÃO PAULO

    10/07/2016 19h48

    Sérgio Lima - 28.ago.2012/Folhapress
    BRASILIA, DF, BRASIL 28-08-2012, 19h00: CPI - Caso Cachoeira - A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPI) que investiga as relações de Carlinhos Cachoeira com agentes públicos e privados ouve o depoimento do empresário Adir Assad, apontado como agente usado pela Delta e outras empresas para lavar dinheiro. (Foto: Sergio Lima/Folhapress PODER)
    Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPI) ouve o depoimento do empresário Adir Assad

    O ministro Nefi Cordeiro, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), revogou neste domingo (10) a prisão em regime fechado do empresário e lobista Adir Assad decretada na Operação Pripyat, deflagrada para apurar suspeitas de corrupção nos contratos das obras da usina nuclear de Angra 3. Conforme a decisão ele cumprirá prisão domiciliar.

    "O acusado já se encontrava com tornozeleira eletrônica por uma decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) e o ministro entendeu que esse fato se ajustava de maneira razoável ao caso. A manutenção da prisão em regime fechado era extrema e desnecessária", disse à Folha o advogado de Assad Miguel Pereira Neto.

    Segundo a decisão do STJ, Assad tem que cumprir medidas restritivas como se afastar das empresas, não exercer atividades profissionais, comparecer quinzenalmente à Justiça e a todos os atos do processo sempre que intimado. Ele também não poderá ter contato com os outros investigados e nem deixar o Brasil.

    A defesa tenta fazer com que Assad saia do presídio de Bangu 8, no Rio, ainda no domingo, juntamente com o ex-dono da Delta Fernando Cavendish e o contraventor Carlinhos Cachoeira.

    Esse foi o terceiro mandado de prisão preventiva decretado contra Assad no último um ano e três meses. Além da Lava Jato, ele também é alvo da Operação Saqueador.

    OPERAÇÃO PRIPYAT

    Na última quarta-feira (6), a Polícia Federal deflagrou a operação Pripyat, um desdobramento das investigações conhecidas como Eletrolão e Lava Jato. Principal alvo, o almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, ex-presidente da subsidiária Eletronuclear, é acusado de cobrar R$ 12 milhões em propinas, o equivalente a 1% do valor dos contratos da Andrade Gutierrez nas obras da usina de Angra 3.

    Os investigadores afirmaram que a quadrilha movimentou até R$ 48 milhões em propinas pagas pela Andrade Gutierrez, o equivalente a 4% de R$ 1,2 bilhão –valor do contrato da construtora nas obras de Angra 3. O custo total da usina é estimado em R$ 14,9 bilhões. O consórcio inclui ainda Odebrecht, Camargo Corrêa, UTC, Queiroz Galvão, MPE e Techint.

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