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    Sem consenso, governo reconhece segundo turno em disputa na Câmara

    GUSTAVO URIBE
    DE BRASÍLIA

    12/07/2016 11h54

    Sem conseguir fechar um nome de consenso da base aliada para a sucessão na Câmara dos Deputados, o governo interino de Michel Temer reconhece como provável que a disputa parlamentar seja definida apenas no segundo turno.

    Nesta terça-feira (12), mesmo com o pedido do Palácio do Planalto para abrir mão da disputa, até a bancada federal do PMDB, partido de Michel Temer, decidiu lançar candidatura própria para sucessão da Casa Legislativa.

    O partido define agora, em reunião na Câmara dos Deputados, se o representante da legenda será Osmar Serraglio (PR), Carlos Marun (MS) ou Marcelo Castro (PI).

    Para o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, a expectativa inicial era de que o partido não lançasse um nome, mas o quadro mudou com a decisão de diversas siglas da base aliada de bancarem candidaturas.

    "Com essa profusão de candidatos, chega (no segundo turno)", reconheceu o ministro.

    Com a constatação de que haverá segundo turno, o presidente interino deu início na segunda-feira (11) a uma aproximação com o grupo de Rodrigo Maia (DEM-RJ), um dos favoritos para a disputa parlamentar.

    Na tentativa de se blindar das suspeitas de que teria preferência por Rogério Rosso (PSD-DF), candidato do chamado "centrão", o peemedebista reuniu-se com o líder do DEM, Pauderney Avelino (AM), e com José Carlos Aleluia (DEM-BA).

    No encontro, fez questão de garantir que apoiará todas as candidatura que façam parte da chamada base aliada, que não apresenta resistências à candidatura do democrata e que não irá se opor à sua administração caso ele seja eleito.

    A movimentação do presidente interino ocorreu no dia seguinte ao ter sido informado pelo presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, que o partido deve apoiar Maia, fortalecendo a candidatura do democrata.

    Mesmo com o reconhecimento de que é impossível evitar uma divisão na base aliada, o governo interino atua para reduzir danos e afunilar o máximo possível as candidaturas para a sucessão da Câmara dos Deputados.

    O governo interino tem trabalhado também pelas desistências de Fernando Giacobo (PR-PR) e Beto Mansur (PRB-SP), que podem diluir os votos e dividir ainda mais a base aliada.

    Candidatos

    Jogo de forças

    O DIA D

    Votação deve seguir noite adentro

    12h
    Limite para registro das candidaturas

    16h
    Horário marcado para o início da sessão; candidatos terão dez minutos cada para discursar -deve haver pelo menos dez na disputa

    18h
    Líderes também têm direito a dez minutos de fala

    Indefinido
    Abertura das urnas; se houver segundo turno, há uma hora de intervalo

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