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    PMDB lança ex-ministro de Dilma para disputa na Câmara; PT apoiará

    MARINA DIAS
    DO PAINEL, EM BRASÍLIA
    DÉBORA ÁLVARES
    GABRIEL MASCARENHAS
    GUSTAVO URIBE
    DE BRASÍLIA

    12/07/2016 13h05

    Renato Costa/Folhapress
    BRASILIA, DF, BRASIL, 11/03/2016, Ministro da Saúde participa de mobilização contra ao Aedes aegypti em Brasília (DF). O Ministro da Saúde, Marcelo Castro, participará, nesta sexta-feira (11), em Brasília (DF), da mobilização envolvendo a rede escolar no combate e prevenção ao Aedes aegypti. A iniciativa, que acontece no Centro Educacional 01, às 11h, marca a Semana Saúde na Escola que acontece em todo o país.Antes, às 9h, o ministro da Saúde participará da ação nacional de combate ao mosquito nos prédios públicos federais. Castro realizará palestra para funcionários da Fiocruz, em Brasília, com orientações sobre prevenção e combate aos criadouros, além de vistoriar as instalações da unidade. (Foto: Renato Costa/Folhapress, PODER)
    O deputado Marcelo Castro (PMDB-PI), em março, quando ainda era ministro da Saúde de Dilma

    A bancada do PT vai anunciar nesta terça-feira (12) apoio à candidatura de Marcelo Castro (PMDB-PI) à presidência da Câmara dos Deputados.

    Castro venceu a disputa na bancada do seu partido por 28 votos nesta terça. Ele derrotou no segundo turno Osmar Serraglio (PR) que ficou com 18 votos.

    Carlos Marun (MS) e Fabio Ramalho (MG) também queriam se eleger para o cargo, mas não conseguiram votos suficientes. Marun teve 11 votos no primeiro turno, mesmo número de Serraglio, mas o critério de desempate, o mais antigo na Casa, não o favoreceu.

    Ramalho só conquistou 7 eleitores. Contudo, afirmou que vai disputar a vaga mesmo sem o apoio do partido - deve lançar uma candidatura avulsa.

    A batida de martelo pulveriza ainda mais a eleição para a cadeira deixada por Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e complica ainda mais os planos do Palácio do Planalto, que vem trabalhando para que a base aliada do governo se una em torno de um nome.

    Outro reflexo da decisão é o enfraquecimento da chapa encabeçada por Rogério Rosso (PSD-DF). Ainda favorito no pleito, Rosso foi o escolhido pelo chamado "Centrão", bloco formado por partidos de média e pequena expressão e turbinado por Cunha no período em que ele ocupou a presidência.

    No Palácio do Planalto, a notícia foi recebida com irritação pelo presidente interino, Michel Temer, que desconfia da proximidade de Castro com o PT e não tem confiança no ex-ministro de sua antecessora, Dilma Rousseff.

    O governo interino trabalhava para que o PMDB não lançasse candidatura própria, evitando pulverizar ainda mais a disputa parlamentar, mas acabou sendo derrotado.

    O receio de assessores e auxiliares presidenciais é de que a candidatura tenha surgido de um jogo combinado do peemedebista com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

    Para aliados, além do PT, Castro deve atrair apoio ainda do PCdoB e do PDT. Os partidos se reúnem nesta tarde para definir seus rumos para a eleição de amanhã.

    PT

    Os petistas se reúnem no início desta tarde para bater o martelo sobre Castro, mas, segundo o líder do partido na Câmara, José Guimarães (PT-CE), a decisão está tomada. "O PT vai apoiar Marcelo Castro", disse o deputado à Folha.

    O veredito foi dado após um racha da bancada do PT em reunião nesta segunda (11), na sede do partido em Brasília.

    Enquanto a tropa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendia apoio à candidatura de Rodrigo Maia (DEM-RJ), diversos deputados ameaçaram voto nulo caso a sigla insistisse em apoiar o democrata.

    Após mais de cinco horas de discussões acaloradas, o PT decidiu trabalhar pela candidatura de um nome que votou contra o impeachment de Dilma Rousseff.

    Marcelo Castro foi ministro da Saúde da petista e, apesar de ser do partido do presidente interino, Michel Temer, votou contra o afastamento da petista.

    Candidatos

    Jogo de forças

    O DIA D

    Votação deve seguir noite adentro

    12h
    Limite para registro das candidaturas

    16h
    Horário marcado para o início da sessão; candidatos terão dez minutos cada para discursar -deve haver pelo menos dez na disputa

    18h
    Líderes também têm direito a dez minutos de fala

    Indefinido
    Abertura das urnas; se houver segundo turno, há uma hora de intervalo

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