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    Candidatura de Castro mostra que Planalto não interfere na Câmara, diz Temer

    GUSTAVO URIBE
    DE BRASÍLIA

    12/07/2016 15h14

    Renato Costa/Folhapress
    BRASILIA, DF, BRASIL, 11/03/2016, Ministro da Saúde participa de mobilização contra ao Aedes aegypti em Brasília (DF). O Ministro da Saúde, Marcelo Castro, participará, nesta sexta-feira (11), em Brasília (DF), da mobilização envolvendo a rede escolar no combate e prevenção ao Aedes aegypti. A iniciativa, que acontece no Centro Educacional 01, às 11h, marca a Semana Saúde na Escola que acontece em todo o país.Antes, às 9h, o ministro da Saúde participará da ação nacional de combate ao mosquito nos prédios públicos federais. Castro realizará palestra para funcionários da Fiocruz, em Brasília, com orientações sobre prevenção e combate aos criadouros, além de vistoriar as instalações da unidade. (Foto: Renato Costa/Folhapress, PODER)
    O deputado Marcelo Castro (PMDB-PI), em março, quando ainda era ministro da Saúde de Dilma

    O presidente interino, Michel Temer, afirmou nesta terça-feira (12) que a decisão da bancada peemedebista de lançar candidatura própria para a sucessão da Câmara dos Deputados demonstra que o governo federal não tem interferido na disputa parlamentar.

    Em uma derrota do Palácio do Planalto, a bancada do partido do presidente interino decidiu apoiar o nome de Marcelo Castro (PMDB-PI), ex-ministro de Dilma Rousseff, para o comando da Casa Legislativa.

    O governo interino trabalhava para que a sigla não lançasse candidatura própria, evitando pulverizar ainda mais a disputa parlamentar na base aliada, mas não teve êxito.

    A escolha do nome foi recebida com irritação pelo presidente interino, que vê com desconfiança a proximidade de Marcelo Castro com o PT, partido de oposição ao governo federal.

    O receio de assessores e auxiliares presidenciais é de que a candidatura tenha surgido de um jogo combinado do peemedebista com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

    "Essa é a revelação de que não interferimos na Câmara dos Deputados", disse o presidente interino ao sair de almoço com a frente parlamentar do agronegócio.

    A bancada federal do PT anunciará nesta terça-feira (12) apoio a Castro, que venceu disputa na bancada peemedebista por 28 votos.

    Ele derrotou no segundo turno Osmar Serraglio (PR) que ficou com 18 votos. Carlos Marun (MS) e Fabio Ramalho (MG) também queriam se eleger para o cargo, mas não conseguiram votos suficientes.

    A batida de martelo pulveriza ainda mais a eleição para a cadeira deixada por Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e complica ainda mais os planos do Palácio do Planalto, que vem trabalhando para que a base aliada se una em torno de um nome.

    Outro reflexo da decisão é o enfraquecimento da chapa encabeçada por Rogério Rosso (PSD-DF).

    Ainda favorito no pleito, Rosso foi o escolhido pelo chamado "centrão", bloco formado por partidos de média e pequena expressão e turbinado por Cunha no período em que ele ocupou a presidência.

    Marcelo Castro foi ministro da Saúde da petista e, apesar de ser do partido do presidente interino, Michel Temer, votou contra o afastamento dela.

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