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    Haddad tem pior avaliação em fim de mandato desde Pitta

    DE SÃO PAULO

    16/07/2016 02h00

    O petista Fernando Haddad tem a pior avaliação já registrada pelo Datafolha entre os prefeitos de São Paulo que tentaram a reeleição.

    Segundo pesquisa do instituto feita entre terça (12) e quarta-feira (13), a gestão Haddad é avaliada como ótima ou boa por só 14% do eleitorado. Os eleitores que consideram o governo dele ruim ou péssimo somam 48% e os que o qualificam como regular são 35%.

    A margem de erro máxima é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

    Para esse período do mandato, a avaliação é a pior desde Celso Pitta, que ocupou o cargo de 1997 e 2000, em uma gestão marcada por escândalos de corrupção e por uma ameaça de impeachment.

    Índice de ótimo/bom - Em %

    Com três anos e sete meses de mandato, Pitta, segundo o Datafolha, só era aprovado por 7% da população. Ele não chegou a tentar a reeleição.

    Quatro anos depois, a então prefeita Marta Suplicy, à época no PT e hoje no PMDB, tinha, nesse estágio do mandato os conceitos ótimo ou bom para 29% da população. Ainda assim, acabou não conseguindo ser reeleita –perdeu a disputa para José Serra (PSDB).

    O tucano ficou na prefeitura por apenas um ano e três meses e deixou o cargo com 56% de aprovação.

    Gilberto Kassab, então no DEM e hoje no PSD, se reelegeu em 2008 após começar a campanha eleitoral com 35% de conceito ótimo ou bom.

    No fim de seu segundo mandato, em julho de 2012, a aprovação dele tinha caído para 20%.

    Antes da emenda que permitiu a reeleição, em 1997, os prefeitos de São Paulo também obtiveram avaliações melhores do que a de Haddad na fase final do mandato, segundo os dados do Datafolha.

    Em 1996, Paulo Maluf (PP), com três anos e sete meses de mandato, era aprovado por 52% da população. Naquela época, o apoio à gestão Maluf foi fundamental para a vitória de Pitta, que era seu afiliado político.

    Luiza Erundina, que governou São Paulo de 1989 a 1992, tinha conceito ótimo ou bom de 19% dos eleitores. Então filiada ao PT, ela hoje está no PSOL e vai disputar a eleição para a prefeitura pela quinta vez neste ano.

    REJEIÇÃO

    No caso de Haddad, a má avaliação se refletiu nas taxas de rejeição pesquisadas pelo Datafolha. O atual prefeito foi o mais citado quando os entrevistados responderam em quem não votariam de jeito nenhum (45%).

    Marta, quando tentou se reeleger em 2004, teve índice de rejeição na casa dos 30%.

    A ex-prefeita, que hoje aparece na liderança em um dos cenários pesquisados, também deve enfrentar rejeição elevada neste ano –31% dizem que não votariam nela.

    Kassab, em 2008, também iniciou a campanha com alta rejeição, mas reduziu a taxa para 21% antes da votação e se tornou o primeiro prefeito a se reeleger no município.

    O recorde negativo em eleições na cidade é de Fernando Collor, que era chegou a ser rejeitado por 72% dos eleitores quando tentou ser prefeito em 2000. Ele acabou tendo a candidatura barrada pela Justiça Eleitoral.

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