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    Após racha no PSDB, Doria deve escolher vice tucano

    THAIS BILENKY
    DE SÃO PAULO

    20/07/2016 02h00

    Marlene Bergamo - 17.jan.2016/Folhapress
    João Doria fala com militantes do PSDB em A.E.Carvalho, em evento de pré-candidatura do partido
    O pré-candidato do PSDB para a Prefeitura de São Paulo, João Doria

    Em meio a críticas de que a indicação de seu nome para disputar a Prefeitura de São Paulo gerou divisão no PSDB, o empresário e apresentador João Doria deve escolher um vice do próprio partido para compor a chapa.

    O favorito é o deputado federal Bruno Covas, que apoiou um adversário de Doria no primeiro turno das prévias partidárias, o deputado Ricardo Tripoli –ele próprio também cotado para a vice.

    Outro nome citado é o do tio de Bruno, o vereador Mario Covas Neto, o Zuzinha, presidente do diretório municipal do PSDB.

    Interlocutores de Doria apostam suas fichas em Bruno, 36, figura jovem, com boa votação na capital e neto do ex-governador Mario Covas, um dos fundadores do partido –o que serviria de contraponto a críticas de que Doria foi uma imposição do governador Geraldo Alckmin, sem o respaldo de caciques.

    Covas esteve presente e discursou em grande parte dos anúncios de alianças partidárias da campanha municipal nas últimas semanas.

    O vice deverá ser anunciado publicamente na quinta-feira (21).

    resistência

    Antes disso, nesta quarta (20), o PSDB anunciará novas alianças na coligação majoritária, que já tem nove partidos, a maior coligação entre os pré-candidatos.

    A entrada do PTC (Partido Trabalhista Cristão) é mais um sinal de desidratação da pré-candidatura do deputado federal Celso Russomanno (PRB), que vinha negociando com a legenda.

    Doria conduziu as negociações das alianças sem condicionar a adesão de nenhum partido à escolha da vice, o que o libera a optar por um nome do PSDB.

    "O João foi firme, porque quer decidir sozinho entre todos os partidos coligados e também não negociou nenhuma subprefeitura, porque quer mudar esse processo na prefeitura", disse o coordenador de sua campanha, Julio Semeghini.

    Por outro lado, as negociações levaram à formação de uma chapa de candidatos a vereador (proporcional) com o Democratas, PSB e o PP.

    Essa composição tem gerado discórdia na bancada tucana na Câmara Municipal e será ponto sensível da convenção do partido, marcada para o próximo domingo (24).

    Vereadores e candidatos do partido não querem se coligar com o Democratas, que tem nomes com votação expressiva e podem tirar cadeiras do PSDB, hoje com oito assentos.

    "Eu colocaria um óbice na coligação proporcional com o DEM", afirmou Zuzinha, que, no entanto, ponderou que, na condição de presidente municipal, deverá adotar posição institucional.

    Nas suas contas, dos prováveis cinco mais votados na chapa proposta pela campanha, três seriam do DEM.

    "Os critérios foram conversados com os próprios vereadores do PSDB e dos outros coligados para que não prejudiquem nenhum dos partidos", disse Semeghini.

    A Juventude paulistana, a Diversidade Tucana do Estado e o movimento PSDB Esquerda para Valer se manifestarão contra o "chapão"com partidos "com os quais não temos afinidade ideológica".

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