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    Vereadores do PMDB temem perder vagas com coligação com o PSD

    PAULA REVERBEL
    CAROLINA LINHARES
    DE SÃO PAULO

    26/07/2016 00h19

    Jefferson Rudy/Agência Senado e Suamy Beydoun - 5.mai.2016/Futura Press/Folhapress
    A senadora Marta Suplicy, que disputará a prefeiturae o vereador Andrea matarazzo, que será vice de Marta
    A senadora Marta Suplicy, que disputará a prefeiturae o vereador Andrea Matarazzo, que será seu vice

    A aliança com PSD é tema de preocupação entre vereadores peemedebistas, que gostariam de aumentar o tamanho da bancada nas eleições municipais deste ano.

    O temor é que a nova parceria siga o modelo proporcional, cenário em que os votos de legenda recebidos pelo PMDB poderiam ajudar a eleger candidatos do outro partido.

    "A aliança majoritária é muito bem-vinda, mas a proporcional tem que ser discutida", afirmou o vereador George Hato. "Se for proporcional, não será possível dar uma boa base de sustentação ao governo", acrescentou, referindo-se a uma eventual gestão da pré-candidata Marta Suplicy (PMDB).

    Hato avalia que o nome de Marta poderá levar a um aumento de votos na legenda do partido, com possibilidade de eleger entre seis e oito vereadores.

    "Mas, se coligar com o PSD, fazer quatro vereadores será uma vitória", ressalvou.

    Hato e os outros dois vereadores peemedebistas da cidade de São Paulo, Nelo Rodolfo e Ricardo Nunes, estiveram nesta segunda-feira (25) em reunião com o advogado José Yunes, presidente do PMDB municipal, para tratar do tema.

    Yunes sinalizou que será difícil atender à demanda por conta da das negociações com o PSD. À Folha ele explicou a definição deverá ficar por conta do vereador Andrea Matarazzo (PSD).

    'ESPECIALISTA'

    "Mais uma vez eles [PSD] vão tentar usar nosso partido para eleger os vereadores deles, isso é natural. O Kassab [Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD] está virando especialista nisso", disse Rodolfo.

    Na eleição de 2012, o PMDB, que lançou a candidatura de Gabriel Chalita, obteve 95.178 votos na legenda ante 10.135 do PSD, que apresentou Alexandre Schneider como candidato a vice na chapa do tucano José Serra. Os vereadores do PSD, porém, obtiveram mais votos nominais.

    Rodolfo afirma, contudo, que que a aliança com Matarazzo é vista como vital para aumentar o horário de Marta na TV.

    PSD

    Os vereadores do PSD, por sua vez, lamentam que Matarazzo não encabecerá chapa própria.

    "O PSD vai eleger quatro ou cinco vereadores com ou sem a aliança proporcional", afirmou o vereador José Police Neto (PSD). "A gente perde a oportunidade de levar para a sociedade paulistana o candidato mais preparado para dirigir a cidade", acrescentou.

    A vereadora Edir Sales (PSD) concorda: "O Andrea seria um ótimo prefeito para São Paulo. Mas, se houver um acordo para o melhor pra São Paulo, se o melhor for a coligação, eu vou seguir a orientação do partido".

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