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    TSE envia ao STF dados de empresa que atuou na campanha de Dilma

    MÁRCIO FALCÃO
    DE BRASÍLIA

    27/07/2016 13h17 - Atualizado às 21h40

    Raphael Ribeiro - 11.mai.2016/Folhapress
    O ministro Gilmar Mendes, que comandará a segunda turma do STF (Supremo Tribunal Federal)
    O ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal)

    O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Gilmar Mendes, decidiu enviar ao STF (Supremo Tribunal Federal) indícios de irregularidades contra mais uma empresa que prestou serviços para a campanha à reeleição da presidente afastada Dilma Rousseff em 2014.

    Os dados tratam da DCO Informática, empresa que foi contratada para enviar mensagens para celulares durante a campanha, que recebeu quatro repasses do comitê da petista que totalizam R$ 4,8 milhões. A suspeita é de lavagem de dinheiro.

    Isso porque a DCO não tem identificação na fachada, tem um computador e três funcionários que não são registrados. A empresa foi contratada para enviar mensagens da campanha por um aplicativo de conversa instantânea, cobrando por cada entre R$ 0,06 e R$ 0,16, tendo subcontratado outra empresa.

    As informações foram levantadas pela Secretaria Municipal de Finanças de Uberlândia (MG), que abriu investigação a pedido de Mendes, que é relator das contas de Dilma no TSE.

    Em fevereiro de 2016, o ministro já havia pedido que órgãos de controle fiscalizasse a DCO e mais seis empresas por suspeitas de irregularidades.

    As contas da campanha à reeleição de Dilma foram aprovadas em 2014, mas Gilmar determinou na ocasião que as autoridades continuassem investigando suspeitas de ilícito.

    O ministro enviou ao Ministério Público e a PF pedidos de apuração de possíveis irregularidades na campanha à reeleição da presidente. A PF abriu inquérito para analisar suspeitas.

    Nesse inquérito, são apuradas eventuais ilegalidades encontradas também na prestação de serviço de empresas contratados pela campanha, entre elas a Focal Confecção e Comunicação.

    As investigações, no entanto, esperam uma definição do Supremo se o caso deve seguir na primeira instância ou no próprio tribunal porque trata de campanha presidencial. O relator do caso é o ministro Edson Fachin.

    O inquérito chegou ao STF depois de a PF pedir a quebra de sigilos das empresas, mas a Justiça decidiu que cabe ao tribunal decidir a competência para investigar.

    A campanha de Dilma afirma que não houve irregularidades e que as contas da campanha presidencial foram aprovadas por unanimidade pelo TSE.

    OUTRO LADO

    Em nota, a defesa da campanha de Dilma informou que contratou os serviços da empresa DCO com o objetivo de envio de mensagens por SMS e Whatsapp durante o 2º turno das eleições "em resposta à intensa campanha feita por Whatsapp e SMS pela chapa adversária".

    "Os serviços contratados foram devidamente prestados e atestados. Vale lembrar que as contas da campanha de Dilma e Temer foram julgadas em dezembro de 2014, aprovadas por unanimidade pelo TSE e não são objeto de qualquer reapreciação pela Justiça Eleitoral, nem pelo Supremo Tribunal Federal", completou.

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