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    Em convenção, PMDB oficializa candidatura de Marta Suplicy

    REYNALDO TUROLLO JR.
    PAULA REVERBEL
    DE SÃO PAULO

    30/07/2016 13h22 - Atualizado às 15h05

    O PMDB referendou em convenção neste sábado (30) o nome da senadora Marta Suplicy para disputar a Prefeitura de São Paulo. A candidata subiu no palanque sambando, ao som de um samba-enredo, ao lado de seu vice, o vereador Andrea Matarazzo (PSD), que estava mais contido.

    Marta fez críticas duras ao PT, partido em que militou por três décadas, relembrou os principais feitos de seu mandato quando foi prefeita, de 2001 a 2004, e elogiou o PMDB e sua história.

    "Fiz coisas importantes que mudaram a vida de muita gente: o Bilhete Único, os terminais, os CEUs, os corredores de ônibus", disse Marta.

    "Eu saí [do partido] quando constatei que o PT não reunia mais nenhuma condição de mudar os rumos que seus dirigentes escolheram para o partido e para o país [...]. Eu vejo no PMDB, nesta altura dos acontecimentos, o desejo de trilhar o caminho certo para recuperar a economia, restabelecer a confiança das pessoas no futuro e devolver a todos os brasileiros a esperança sequestrada por uma sequência de equívocos", discursou.

    Caciques do PMDB nacional não subiram no palanque –conforme estratégia definida pelo presidente interino, Michel Temer, ao menos até o desfecho definitivo do impeachment no Senado. Dois assessores próximos de Temer, porém, estiveram no evento: José Yunes, coordenador da campanha de Marta, e Arlon Viana.

    Danilo Verpa/Folhapress
    SAO PAULO - SP - 30.07.2016 - Convencao do PMDB que homologará a chapa Marta Suplicy/Andrea Matarazzo. (Foto: Danilo Verpa/Folhapress, PODER) ORG XMIT: Convenção do PMDB
    Marta Suplicy e Andrea Matarazzo, seu vice, na convenção do PMDB que referendou a chapa

    Em 2012, quando o candidato do PMDB foi Gabriel Chalita, Temer participou da convenção que o lançou, na praça da Sé. Sem espaço no partido neste ano, Chalita migrou para o PDT e é candidato a vice do atual prefeito, Fernando Haddad (PT).

    Participaram da convenção o presidente nacional do PSD, ministro Gilberto Kassab (Ciência, Tecnologia e Comunicações), o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, o presidente estadual do PMDB, deputado federal Baleia Rossi (PMDB-SP), e outros líderes peemedebistas locais.

    VICE

    O candidato a vice, Andrea Matarazzo, voltou a dizer que tinha o sonho de ser candidato a prefeito. "Mas a política não pode ser a expressão da vontade individual, precisa ser coletiva. E o grupo que nos apoia percebeu que se, a gente juntasse nossas forças, estaria muito mais preparada para enfrentar o que vem pela frente", disse Matarazzo.

    "Nós temos muito mais pontos de vista em comum do que eu poderia imaginar, Marta", continuou o vereador. Segundo ele, ambos concordam que o objetivo maior da prefeitura deve ser reduzir as desigualdades.

    Matarazzo disse que está surgindo "uma nova forma de fazer política" –e enfatizou que, no evento, havia várias pessoas que já militaram no PT e no PSDB. Ele próprio foi tucano, e deixou a legenda após a escolha de João Doria para concorrer à prefeitura.

    Na véspera da convenção, Marta e seu marido, Márcio Toledo, jantaram com Matarazzo e sua mulher, Sonia Matarazzo, no restaurante Casa do Porco, no centro da cidade.

    Folhapress
    Marta Suplicy e o marido, Márcio Toledo, jantam com Andrea Matarazzo e a mulher, Sonia Matarazzo, na véspera da convenção do PMDB municipal de São Paulo
    Marta Suplicy e o marido, Márcio Toledo, jantam com Andrea Matarazzo e a mulher, Sonia Matarazzo

    A convenção foi realizada na quadra da escola de samba Rosas de Ouro, na zona norte, que ficou lotada de militantes que chegaram em dezenas de ônibus fretados.

    Questionado sobre sua união com Marta, que foi apelidada de "Martaxa" quando governou a cidade (2001-2004), Skaf, que é contra o aumento de impostos, respondeu que hoje a apoia porque ela se arrependeu dos "erros" do passado.

    "Ela é senadora, foi ministra, e tem a humildade de dizer que, naquilo que ela errou, ela vai mudar", discursou Skaf –que foi apresentado por Baleia Rossi como "o próximo governador de São Paulo".

    O presidente da Fiesp já concorreu ao governo em 2010 e 2014, mas foi derrotado.

    "Nós temos que ir para a rua, fazer campanha, para eleger Marta e Matarazzo. Temos que ter coragem para mudar", disse à militância o ex-governador Luis Antonio Fleury Filho (1995-98), repetindo o mote da campanha de Marta –"Coragem para Mudar".

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