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    Protesto contra Dilma em inglês tenta atrair jornalistas estrangeiros no Rio

    ALFREDO MERGULHÃO
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO

    31/07/2016 13h22

    Atentos à presença de jornalistas estrangeiros no Rio de Janeiro para a cobertura da Olimpíada, manifestantes favoráveis ao afastamento da presidente afastada Dilma Rousseff (PT) realizam um protesto na praia de Copacabana, na zona sul, na manhã deste domingo (31), com cartazes e discursos em inglês.

    Nas mensagens traduzidas para gringos, os organizadores do ato cobram que a votação do impeachment ocorra o mais rápido possível.

    "Nós já não toleramos mais a corrupção neste país", disse em inglês o administrador de empresas Charles Putz, ao microfone, no carro de som estacionado na praia de Copacabana. "ONU, Lula é um criminoso", acrescentou.

    Com uma bandeira do Brasil pintada no corpo com tinta verde e amarela, Putz explicou que quis se comunicar diretamente com a mídia internacional.

    "É importante para o mundo saber que nem todos os brasileiros são corruptos, pelo contrário. Nós queremos dar um basta nisso", disse ele.

    Uma das faixas em inglês trazia a mensagem: "Brasileiros não toleram corrupção". Este material foi produzido pelo movimento Vem Pra Rua, idealizador da manifestação. Uma outra faixa pede por um país sem corrupção.

    "O evento é um sucesso, a mídia internacional esta toda aqui", disse a estilista Adriana Balthazar, do Vem Pra Rua. Ela minimiza o fato do protesto reunir pequeno número de pessoas, em comparação com outros atos realizados pelo grupo.

    "Não me preocupo com números. A gente sabe que não dá para sempre levar 1 milhão de pessoas as ruas. Nosso interesse é em deixar a mobilização acesa, pois a votação definitiva do impeachment se aproxima", disse Balthazar.

    Para Balthazar, o processo de afastamento da presidente Dilma é irreversível e nem mesmo o parecer do Ministério Público Federal, que afirma que as pedaladas fiscais não são crime, podem mudar a situação. "O impeachment é fato consumado", disse.

    Um dos carros de som no protesto pertence ao grupo Direita Já. Luiz Bergara, um dos líderes do movimento, à saída do MBL (Movimento Brasil Livre) do ato.

    "O MBL resolveu protestar dia 21 de agosto. Por isso o esvaziamento, mas vamos aproveitar reavivar o tema do impeachment, que estava em segundo plano com a olimpíada. O principal é mostrar nossa realidade para o público externo", disse Bergara.

    Os organizadores e a Polícia Militar não estimaram a quantidade de público presente no ato.

    Houve um princípio de confusão no protesto no momento em que uma mulher passou ao lado do carro de som do Vem Pra Rua com um agasalho vermelho do time de futebol Internacional. Ela é o marido foram cercados por manifestantes e a Polícia Militar precisou intervir.

    "Isso tudo porque minha mulher está de agasalho vermelho. Eu sou a favor da democracia", disse o jornalista Maurício da Fontana, 30 anos, marido da mulher cercada pelos manifestantes.o casal seguia para uma mobilização pela mulher negra, que ocorre no Posto 6, em Copacabana.

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