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    Grupos pedem saída definitiva de Dilma na avenida Paulista, em SP

    REYNALDO TUROLLO JR.
    DE SÃO PAULO

    31/07/2016 15h00 - Atualizado às 19h02

    Avener Prado/Folhapress
    SAO PAULO, SAO PAULO, BRASIL, 31-07-2016: Manifestação pró-impeachment na av. Paulista realizada por movimentos contrarios ao governo de Dilma Rousseff (PT). (Foto: Avener Prado/Folhapress, PODER) Código do Fotógrafo: 20516 ***EXCLUSIVO FOLHA***
    Manifestação pró-impeachment na av. Paulista realizada por movimentos contrários ao governo Dilma

    Movimentos que pedem a saída definitiva da presidente afastada, Dilma Rousseff, fizeram ato na avenida Paulista, em São Paulo, na tarde deste domingo (31).

    O ato reuniu menos pessoas do que nas ocasiões anteriores, como organizadores já esperavam. A Polícia Militar ainda não divulgou estimativa de público, mas anunciou que o fará ainda neste domingo (31). Organizadores também não fizeram estimativa.

    O MBL (Movimento Brasil Livre), que havia marcado manifestação para este domingo, cancelou sua participação. A justificativa é que o grupo fará um protesto mais próximo da data da decisão final do impeachment no Senado, no final de agosto.

    "Estou aqui porque nós queremos consumar o impeachment de vez, em defesa do [juiz Sergio] Moro e em apoio ao Temer. Eu apoio o Temer, sim. É constitucional, ele vai ficar lá até 2018 e está tentando pôr ordem no caos que está o Brasil", disse a aposentada Vera Bianca Andrisi, 61.

    O carro do Vem Pra Rua, movimento pró-impeachment que atraiu mais manifestantes neste domingo, ficou próximo ao prédio da Fiesp (Federação das Indústrias de São Paulo). A Fiesp foi uma das apoiadoras da saída de Dilma. O presidente da entidade, Paulo Skaf, é do PMDB, partido do presidente interino, Michel Temer.

    Grupos pedem saída definitiva de Dilma na avenida Paulista, em SP

    Uma carta do ex-petista Hélio Bicudo, um dos autores do pedido de impeachment contra Dilma, foi lida por organizadores.

    Também houve carros do MCC (Movimento Contra a Corrupção), em frente ao Masp, do Avança Brasil, no cruzamento com a rua Pamplona, e de um grupo que pede a intervenção militar, próximo à avenida Brigadeiro Luís Antonio.

    O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSC-SP) discursou no carro de som do MCC e defendeu o trabalho da Polícia Federal. O parlamentar foi recebido pelo ator Alexandre Frota. O deputado Major Olímpio (SD-SP) também marcou presença no ato –foi o único entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo.

    Em manifestações anteriores, houve maior presença de políticos de oposição ao PT, como o senador Ronaldo Caiado (DEM) e o hoje candidato à Prefeitura de São Paulo João Doria (PSDB).

    O MCC pediu a prisão do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva. Os simpatizantes da intervenção militar exibiram um boneco inflável gigante que representava um soldado do Exército. Houve também bonecos infláveis representando Lula, Dilma, Renan Calheiros e o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Ricardo Lewandowski –este último foi apelidado de "Petralowski".

    Diversos grupos de direita e até monarquistas distribuíram panfletos. O público misturou-se aos ciclistas e frequentadores da Paulista aos domingos, quando a via fica fechada para veículos até as 16h.

    A atriz global Regina Duarte também discursou. "Eu vim de graça. Não tenho partido, meu partido é o Brasil, essa gente enganada", disse.

    Ambulantes venderam "minipixulecos" (bonecos infláveis) representando Lula vestido de presidiário e o juiz federal Sergio Moro, responsável pela Lava Jato, com trajes de super-herói.

    Pela primeira vez, movimentos de esquerda, encabeçados pela Frente Povo Sem Medo, marcaram um ato no mesmo dia dos grupos de direita. A concentração deles foi no largo da Batata, em Pinheiros (zona oeste).

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