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    Lava Jato

    Operador preso ligado a Cunha pede liberdade ao STF

    AGUIRRE TALENTO
    DE BRASÍLIA

    02/08/2016 16h20

    Lula Marques - 28.abr.2010/Folhapress
    O corretor de valores Lúcio Bolonha Funaro, em depoimento a CPI, em 2010
    O corretor de valores Lúcio Bolonha Funaro, em depoimento a CPI, em 2010

    A defesa do corretor de valores Lúcio Bolonha Funaro, preso em 1/7 sob acusação de ser operador do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) em um esquema de corrupção na Caixa, entrou nesta terça-feira (2) com um pedido de liberdade junto ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Teori Zavascki.

    Na petição, assinada pelo advogado Daniel Gerber, ele afirma que houve "encarceramento antecipado" com base em acusações feitas sem provas por delatores.

    A defesa pede que a prisão preventiva seja substituída por outras medidas cautelares, a serem definidas pelo Supremo (que podem incluir, por exemplo, tornozeleira eletrônica).

    Sobre as acusações, Funaro nega que seja operador de políticos e que tenha recebido propina dos negócios do FI-FGTS (fundo de investimento do FGTS), como relatado na delação premiada do ex-vice da Caixa, Fábio Cleto.

    "Não há, nos autos, prova alguma de qualquer transferência de valores para políticos em geral, ou para Eduardo Cunha em específico; nenhuma prova de ato concreto de corrupção; nenhuma de recebimentos de valores com origem desconhecida ou não fundamentada em algum negócio devidamente registrado em cartório", escreveu sua defesa.

    Nega também que a movimentação financeira entre suas empresas seja operações de lavagem de dinheiro e diz que são devidamente registradas no sistema financeiro brasileiro.

    A defesa ainda reclama que, mais de um mês após sua prisão, Funaro ainda não foi ouvido em depoimento.

    A decisão sobre o pedido caberá a Teori, mas antes deve ser ouvido o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, autor do pedido de prisão preventiva contra Funaro. Não há prazo para ser dada essa decisão.

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