A jornalista Patrícia Lélis, 22, registrou na noite deste domingo (7) um boletim de ocorrência em que afirma que sofreu assédio sexual do pastor e deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP).
O boletim foi registrado na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, em Brasília, de acordo com informações da Polícia Civil. À polícia a jovem relatou ter sido vítima de assédio pelo deputado na manhã do dia 15 de junho.
As acusações contra Feliciano já haviam sido divulgadas nas redes sociais na segunda-feira (1º), com imagens de supostas mensagens entre a jornalista e o deputado no Whatsapp. "Acha que vão acreditar em você?", teria dito Feliciano na conversa.
Patrícia, que é militante do PSC (Partido Social Cristão), relata que foi ao apartamento do deputado para uma reunião e que lá Feliciano lhe ofereceu um cargo para que ela se tornasse sua amante. Segundo a jovem, diante da negativa, ele a teria arrastado pelos cabelos, dado socos e tentado estuprá-la.
Na sexta, o chefe de gabinete do deputado, Talma Bauer, foi detido em São Paulo, acusado de coagir a jovem com uma arma a gravar vídeos em que ela voltava atrás na acusação contra Feliciano.
Também há suspeita de que ele tenha tentado subornar a jovem para que ela não acusasse mais o pastor. Após ser ouvido, Bauer foi liberado na madrugada de sábado (6).
Raquel Cunha - 4.set.14/Folhapress | ||
O deputado Marco Feliciano (PSC-SP) |
OUTRO LADO
A Folha não conseguiu contato com o deputado Marco Feliciano para comentar o caso. No sábado, ele divulgou um vídeo em que se defende das acusações e afirma que há "falsa acusação de crime".
"Eu quero dizer a todos vocês que embora eu esteja com o coração quebrado, machucado, com a minha família toda sofrendo, eu não vou julgar essa moça, eu perdoo ela, embora eu espere que ela seja responsabilizada pela falsa comunicação do crime", afirma no vídeo.