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    Presidente do TSE defende reavaliação de regras eleitorais pós-Lava Jato

    AGUIRRE TALENTO
    GABRIEL MASCARENHAS
    DE BRASÍLIA

    08/08/2016 12h52 - Atualizado às 16h15

    Raphael Ribeiro - 11.mai.2016/Folhapress
    O ministro Gilmar Mendes, que comandará a segunda turma do STF (Supremo Tribunal Federal)
    O ministro Gilmar Mendes, presidente do TSE

    O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Gilmar Mendes, defendeu nesta segunda-feira (8) que seja feita uma reavaliação do funcionamento do sistema eleitoral após as revelações da Operação Lava Jato.

    Citou, por exemplo, o uso das doações eleitorais como forma de pagamento de propina e lavagem de dinheiro, fato investigado na Lava Jato. "Agora o abuso vem por dentro [das regras]", afirmou.

    Gilmar Mendes, que também é ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), usou como exemplo o caso da campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff, que motivou uma representação enviada à corregedoria do TSE para avaliar se o PT deve ser extinto por causa das irregularidades encontradas.

    "Quem pode concorrer com um partido que tem uma forma de arrancar recurso das estatais? As instituições que criam esse privilégio dão o aval para se perpetuar no poder indefinidamente. É por isso que a legislação prevê que se houve financiamento com recursos das estatais que haja a possibilidade de extinção", afirmou Gilmar.

    Questionado sobre eventuais punições a outros partidos, o ministro afirmou que também podem ser avaliadas caso surjam mais provas contra outras legendas, mas que o caso relativo à campanha de Dilma Rousseff é o mais avançado dentro do tribunal.

    Gilmar Mendes disse ainda que a limitação de um teto para os gastos das campanhas neste ano e o fim das doações de empresas "ensejam estímulos a burlar" as regras.

    As declarações do ministro foram dadas durante um seminário no TSE voltado a jornalistas, com o objetivo de dar informações sobre as eleições deste ano.

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