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    o impeachment

    Dilma se diz 'decepcionada' e telefona a senadores para tentar garantir votos

    MARINA DIAS
    DE BRASÍLIA

    09/08/2016 19h11 - Atualizado às 03h08

    Vanderlei Almeida - 13.mai.2016/AFP
    Presidente afastada Dilma Rousseff (PT) no Palácio da Alvorada, em Brasília
    Presidente afastada Dilma Rousseff (PT) no Palácio da Alvorada, em Brasília

    Ainda antes da votação, a presidente afastada, Dilma Rousseff, disse a aliados estar "decepcionada" com a postura de senadores como Reguffe e Cristovam Buarque (PPS-DF) e tentou sua última ofensiva para conseguir pelo menos 22 votos na sessão desta terça (9) no Senado, que a tornou ré no processo de impeachment.

    No final das contas, foram 21 votos contra o processo e 59 favoráveis. A votação abre caminho para o julgamento final do impeachment, que poderá ser marcado para o dia 23 de agosto.

    Segundo a Folha apurou, Dilma já temia não conseguir manter o desempenho de 22 votos favoráveis a ela na primeira votação do processo na Casa e, do Palácio da Alvorada, telefonou para alguns senadores na tentativa de mantê-los no seu grupo de apoio. Aliados e parlamentares do PT, por sua vez, estavam pessimistas quanto à manutenção do placar.

    Dilma esteve reunida com assessores como Giles Azevedo e Jorge Messias e com o ex-ministro Jaques Wagner (Casa Civil), que também ajudou na ofensiva telefônica. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se juntou ao grupo no Alvorada no início da noite.

    Pessoas próximas à petista afirmam que Reguffe e Cristovam criaram uma expectativa de que votariam a favor de Dilma, mas, nas últimas horas, demonstraram que não ficariam ao lado dela. Segundo relatos, a presidente afastada tem dito que prefere estar com pessoas com quem sempre pode contar.

    Dirigentes e parlamentares do PT, por exemplo, não acreditavam que Cristovam Buarque votaria a favor de Dilma, mesmo quando ele ainda se autonomeava "indeciso" e chegou a fazer sugestões, principalmente econômicas, para a carta que Dilma prepara para apresentar aos 81 senadores nesta quarta-feira (10).

    A presidente afastada, inclusive, cogitou marcar um almoço com senadores aliados para quarta e rediscutir a carta, retirando sugestões de Cristovam. O movimento, porém, irritou senadores do PT, que avaliam que Dilma "perdeu o timing" de divulgar o documento.

    A carta, que deve contar com o aval de Lula nesta terça, deve ter como bandeira central a defesa de um plebiscito para a realização de novas eleições. O presidente do PT, Rui Falcão, porém, afirmou na semana passada ser contra a consulta popular e não deve se encontrar com Dilma e Lula no Alvorada.

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