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    PSDB de SP pede punição a Alberto Goldman e agrava racha

    THAIS BILENKY
    DE SÃO PAULO

    11/08/2016 02h00

    Bruno Poletti - 18.jul.2015/Folhapress
    O ex-governador de São Paulo Alberto Goldman, do PSDB
    O ex-governador de São Paulo Alberto Goldman, do PSDB

    Apesar das tentativas de selar a união em torno da candidatura de João Doria à Prefeitura de São Paulo, o PSDB continua sob fogo cruzado.

    Nesta quarta-feira (10), o presidente municipal do partido, vereador Mario Covas Neto, e o estadual, deputado estadual Pedro Tobias, enviaram à executiva nacional um pedido de punição do ex-governador Alberto Goldman, um dos mais ferrenhos críticos de Doria.

    Em outra via, o secretário-geral da Juventude estadual, Marcos Saraiva, que apoiou o vereador Andrea Matarazzo nas prévias do PSDB, pediu a expulsão de Paulo Mathias, assessor de Doria.

    Matarazzo deixou o PSDB com críticas a Doria e a seu padrinho político, o governador paulista, Geraldo Alckmin. Filiou-se ao PSD e é candidato a vice na chapa de Marta Suplicy (PMDB).

    No primeiro caso, Covas Neto e Tobias acusam Goldman de ter praticado "infrações éticas" contra Doria "com a finalidade de beneficiar Matarazzo".

    As medidas disciplinares cabíveis vão de advertência a expulsão. Segundo a Folha apurou, a intenção dos dirigentes é constranger Goldman a ou sair do PSDB ou deixar de externar posições pessoais sobre o partido e Doria.

    O ex-governador disse que não pretende fazer uma coisa nem outra. "Eles não têm autoridade suficiente pra dizer o que eu vou fazer da minha vida", rechaçou.

    A executiva nacional disse que ainda não foi notificada.

    No segundo caso, Saraiva listou falas de Mathias à revista "piauí", entre elas aquela em que ele teria admitido a prática de compra de votos. "Uma pessoa vai visitar 30 filiados. Vai tirar dinheiro do bolso? Isso é normal em política", afirmou o tucano.

    Doria é acusado por Goldman e o senador José Anibal de ter comprado apoio nas prévias. Ele nega.

    O diretório estadual afirmou que o pedido "será avaliado juridicamente e encaminhado internamente".

    Mathias disse que tem suas "opiniões pessoais", mas "sempre segue as orientações do partido".

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