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    Patamar inicial de Doria na eleição é 25%, diz vice-governador

    FÁBIO ZANINI
    EDITOR DE "PODER"

    13/08/2016 01h00

    Zanone Fraissat - 9.mai.16/Folhapress
    O vice-governador de São Paulo, Márcio França
    O vice-governador de São Paulo, Márcio França

    O vice-governador de São Paulo, Márcio França (PSB), diz que o candidato apoiado pelo Palácio dos Bandeirantes a prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), crescerá rapidamente nas pesquisas após o início da propaganda de TV, em 26 de agosto.

    A associação com o governador Geraldo Alckmin o levará a 25%, acredita –o tucano tem 6% no último Datafolha.

    *

    Folha - Quantas prefeituras a base de Alckmin conquistará?
    Márcio França - Ele [Alckmin] terá uma hegemonia perto de 90% das cidades.

    Não é otimismo demais?
    Haverá um problema muito grave com o PT e seus aliados. Estamos redefinindo o quadro. A disputa vai ser de quem será o segundo grupo. Se o PT ou esse novo polo se formando entre PMDB e PSD.

    A união de PSD e PMDB é uma preparação para 2018?
    Político mais experiente trabalha com quatro eleições para frente. O governador foi proativo, ele que iniciou o processo apoiando o candidato em São Paulo [Doria], o que pouca gente imaginava que fizesse. E dessa candidatura ele montou uma equação partidária, que não era muito hábito dele fazer.

    O governador mudou?
    Não. O que houve é uma nova composição de aliados. Ele continua do jeito dele, de ser uma referência de ética, de trabalho. Como ele já vem de vários mandatos, a perspectiva dele ampliou. Não há mais uma expectativa de ser governador.

    Só sobrou a Presidência.
    Ele teria outras opções: Senado, deputado. Mas é meio inegável que num momento de muita instabilidade nacional, quase que automaticamente as pessoas procurem acender uma luz de que não vale a pena grandes euforias com grandes depressões.

    O que seria uma coisa estável na política brasileira? Remete automaticamente pro Alckmin. Claro que ele tem uma disputa no PSDB. Mas seria o mais competitivo.

    Estabilidade é o trunfo dele?
    Eu acho. Todo mundo acha que pode sair um nome na lista [da Lava Jato]. Ninguém acha que o nome dele vai sair.

    Nunca se sabe...
    Eu sei. Dele não vai sair.

    A Lava Jato vai afunilar a disputa interna do PSDB?
    Não é a Lava Jato. É o conjunto da obra. O Aécio é uma pessoa muito simpática, que teve a grande chance na eleição passada.

    Teve do governador Alckmin um excepcional apoio. É natural que ele agora faça um gesto de retribuição para quem estiver em melhor situação. E a melhor situação não é numérica.

    Se o Alckmin for candidato a presidente, o PSB apoia?
    Não posso falar pelo partido. Mas o partido tem muita simpatia pelo governador.

    Reformulando: se for Alckmin o candidato, é mais fácil para o PSB apoiar?
    O sonho de todo partido é ter candidato. Depois da ausência do Eduardo [Campos, morto em 2014], não há hoje um nome interno que tenha adensamento nacional. Mas sempre tem a chance de filiar.

    O próprio Alckmin...
    Muita gente especula essa hipótese, embora eu nunca tenha falado com ele disso.

    Doria vai crescer com a TV?
    Nenhuma dúvida. O Alckmin é um conceito político. Há um conceito Alckmin-Covas-Doria. Parte de 25%.

    Vocês nomearam partidos para secretarias como moeda de troca para o apoio ao Doria. Não é questionável?
    Seria se tivesse uma lógica. Qual seria a vantagem de nomear um secretário do PHS, se ele não soma tempo nenhum? O PV já estava no governo.

    Todos os governos no Brasil são de coalizão. O cargo em comissão é feito para você nomear alguém que tenha afinidade com a sua linha que foi a vitoriosa na eleição. Se não for isso, é melhor fazer concurso.

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