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    Mais curta e restritiva, campanha eleitoral começa nesta terça

    DE SÃO PAULO

    16/08/2016 02h00

    Bruno Poletti/Folhapress
    Candidatos à Prefeitura de SP Celso Russomanno (PRB), Marta Suplicy (PMDB), Luiza Erundina (PSOL), Fernando Haddad (PT) e João Doria (PSDB)
    Candidatos à Prefeitura de SP Celso Russomanno (PRB), Marta Suplicy (PMDB), Luiza Erundina (PSOL), Fernando Haddad (PT) e João Doria (PSDB)

    A campanha eleitoral municipal começa oficialmente nesta terça-feira (16) com menos tempo para que os partidos se adaptem às novas regras.

    A minirreforma aprovada em 2015 reduziu o período autorizado de campanha de 90 para 45 dias, que começam a contar a partir desta terça. As doações de empresas estão proibidas.

    Em São Paulo, candidatos pretendem reforçar a campanha de rua para compensar a exposição menor que terão no horário eleitoral, que também será reduzido neste ano.

    Líder nas pesquisas, o deputado federal Celso Russomanno (PRB), bem aceito em bairros periféricos, vai começar a campanha no Itaim Paulista, no extremo leste da cidade, onde vai a duas feiras livres. Ele vem sendo blindado por integrantes da campanha com o objetivo de evitar polêmicas.

    Em 2012, ele liderava a disputa, mas acabou de fora do segundo turno após ser atacado por uma proposta de mudar o Bilhete Único. A coordenação da candidatura diz que será uma campanha com "ênfase nas propostas".

    Marta Suplicy (PMDB) vai começar a campanha em um CEU (Centro Educacional Unificado), que foi uma bandeira da gestão dela na prefeitura, de 2001 a 2004.

    Em terceiro lugar nas pesquisas da pré-campanha, a candidata do PSOL, Luiza Erundina vai se dedicar à campanha de rua, já que deve ficar com só dez segundos a cada programa de TV.

    Pedro Ekman, que será responsável pela propaganda na televisão dela, diz que uma das maiores dificuldades será driblar as novas regras que impedem a participação em debates. O partido espera canalizar o voto dos insatisfeitos com a política.

    O prefeito Fernando Haddad (PT), candidato à reeleição, vai buscar na largada da campanha desconstruir vitrines da antiga correligionária Marta. Embora ele tenha evitado criticar opositores, integrantes do partido vêm fazendo ataques a Marta, agora aliada do presidente interino, Michel Temer.

    A coordenação de campanha diz apostar nas inserções de programação diante do tempo mais curto da campanha eleitoral na TV.

    Estreante em eleições, o candidato tucano, João Doria, vai disputar com Russomanno o eleitorado de classe C insatisfeito com o PT em sua tentativa de se tornar conhecido. A campanha dele considera que os eleitores dos extremos da periferia da cidade tendem a votar no PT e, por isso, terá como um dos focos o cinturão que margeia o centro expandido.

    Doria diz que usará recursos próprios para financiar a campanha, orçada em torno de R$ 20 milhões. Ele declarou patrimônio total de R$ 180 milhões.

    -

    QUEM SÃO OS CANDIDATOS A PREFEITO DE SP

    Dados divulgados pela Justiça Eleitoral até as 20h desta segunda (15)*

    ALTINO (PSTU)
    Vice: Professora Janaína (PSTU)
    Coligação: PSTU
    Patrimônio declarado: Nenhum bem declarado
    Intenção de voto no Datafolha*: Não apareceu

    CELSO RUSSOMANNO (PRB)
    Vice: Marlene Campos (PTB)
    Coligação: PRB/PSC/PTB/PEN
    Patrimônio declarado: R$ 1,84 milhão
    Intenção de voto no Datafolha*: 25%

    FERNANDO HADDAD (PT)
    Vice: Gabriel Chalita (PDT)
    Coligação: PT/PC do B/PR/PDT/ PROS
    Patrimônio declarado: R$ 452 mil
    Intenção de voto no Datafolha*: 8%

    HENRIQUE ÁREAS (PCO)
    Vice: Tranquillo Moterle (PCO)
    Coligação: PCO
    Patrimônio declarado: Nenhum bem declarado
    Intenção de voto no Datafolha*: Não apareceu

    JOÃO BICO (PSDC)
    Vice: Professora Sílvia Cristina (PSDC)
    Coligação: PSDC
    Patrimônio declarado: R$ 4,4 milhões
    Intenção de voto no Datafolha*: Não apareceu

    JOÃO DORIA (PSDB)
    Vice: Bruno Covas (PSDB)
    Coligação: PSDB/PPS/PV/PSB/DEM/PMB/PHS/PP/PSL/PT do B/PRP/PTC/PTN
    Patrimônio declarado: R$ 180 milhões
    Intenção de voto no Datafolha*: 6%

    LEVY FIDELIX (PRTB)
    Vice: Jairo Glikson (PRTB)
    Coligação: PRTB
    Patrimônio declarado: R$ 772 mil
    Intenção de voto no Datafolha*: 2%

    LUIZA ERUNDINA (PSOL)
    Vice: Ivan Valente (PSOL)
    Coligação: PSOL/PCB
    Patrimônio declarado: R$ 605,6 mil
    Intenção de voto no Datafolha: 10%

    MAJOR OLÍMPIO (SD)
    Vice: David Martins (SD)
    Coligação: SD
    Patrimônio declarado: R$ 550,6 mil
    Intenção de voto no Datafolha*: 2%

    MARTA (PMDB)
    Vice: Matarazzo (PSD)
    Coligação: PMDB / PSD
    Patrimônio declarado: R$ 13,3 milhões
    Intenção de voto no Datafolha*: 16%

    RICARDO YOUNG (Rede)
    Vice: Carlota Mingolla (Rede)
    Coligação: Rede
    Patrimônio declarado: R$ 7,4 milhões
    Intenção de voto no Datafolha*: 1%

    NOVAS REGRAS

    Algumas mudanças na lei eleitoral

    Duração da campanha
    Campanha começa nesta terça (16) e dura 45 dias (antes durava 90). A campanha na TV começa em 26 de agosto e vai durar 35 dias (eram 45 dias antes)

    Propaganda na rua
    Não pode pendurar propaganda em postes, placas, pontes, passarelas, paradas de ônibus, árvores, entre outros. Faixas, cavaletes e bonecos também estão proibidos. Mesas para distribuição de material e bandeiras em vias públicas são permitidas desde que não atrapalhem a circulação

    Propaganda na TV
    Programa eleitoral terá dez minutos (antes durava 30 minutos) e inserções (de 30 ou 60 segundos) ocuparão um total de 70 minutos diariamente

    Doações
    Pessoas jurídicas estão proibidas de financiar campanhas. Verba deve vir de doações de pessoas físicas e do fundo partidário. As pessoas físicas podem doar até 10% do que declararam no imposto de renda

    Limite de gastos
    O teto para gastos da campanha passou a ser estipulado pela Justiça Eleitoral: no primeiro turno, candidatos a prefeito poderão gastar até 70% do valor da campanha mais cara de 2012. Em São Paulo, esse limite é de R$ 45,4 milhões

    *Respostas estimuladas em pesquisa com 1.092 pessoas nos dias 12 e 13 de julho, antes de Andrea Matarazzo e Marlene Campos Machado anunciarem que seriam vices; a margem de erro máxima é de três pontos percentuais para mais ou para menos

    Fontes: TSE e Datafolha

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