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    o impeachment

    Lewandowski nega pedido de Dilma para que peritos sejam ouvidos

    GABRIEL MASCARENHAS
    DE BRASÍLIA

    19/08/2016 21h36

    O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), o ministro Ricardo Lewandowski, vetou o depoimento de peritos do Senado nas sessões em que a Casa decidirá sobre o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff.

    Responsável pela condução do processo, Lewandowski assinou nesta sexta-feira (19) quatro decisões a pedidos encaminhados pela defesa de Dilma e pela acusação.

    Ele não se manifestou, porém, a respeito da solicitação dos petistas para cancelamento da sessão de pronúncia, realizada no dia 9. Na ocasião, os senadores aceitaram formalmente a acusação contra Dilma.

    Os advogados da presidente afastada também haviam pedido para que fossem ouvidos os peritos e técnicos responsáveis por um laudo que isentou Dilma de responsabilidade nas chamadas pedaladas fiscais.

    Lewandowski afirma que o período para questionamentos aos peritos já se extinguiu.

    "[...] não sendo o plenário o lugar adequado para isso, até porque a perícia foi submetida a amplíssimo contraditório [...]. O pleito formulado pela defesa em nada acrescentará de relevante para esclarecer fatos, mostrando-se inoportunas", justificou o ministro.

    A acusação havia apresentado três pontos. Num deles, requereu autorização para que seja transmitido por vídeo, no plenário, o depoimento do jurista Helio Bicudo, coautor do pedido de impeachment.

    A petição diz que Bicudo tem 94 anos, sofre de problemas de saúde e, por isso, não poderá viajar de São Paulo à Brasília. Lewandowski não aceitou a proposta, dizendo que a lei não permite.

    O ministro admitiu, porém, que seja anexado ao processo a gravação de um depoimento do jurista.

    A acusação também queria o veto a duas testemunhas convocadas pela defesa: do jurista Geraldo Prado e do economista Luiz Gonzaga Belluzo.

    Lewandowski rechaçou o argumento de que eles não têm qualquer relação com os fatos investigados e negou o pleito. Afirmou que "toda e qualquer pessoa pode ser ouvida como testemunha".

    O ministro concordou, no entanto, com a reclamação do advogado Miguel Reale Júnior, que também assina a representação pelo impeachment de Dilma.

    Júnior afirmou que os sites do Senado e do STF divulgaram erroneamente o objeto da acusação contra a petista, ou seja, o que será apreciado pelos senadores. Em seu despacho, Lewandowski respondeu que a queixa procedia e afirmou que já havia determinado a correção.

    O julgamento da petista começará na próxima quinta-feira (25) e só deverá terminar no dia 29, quando ocorrerá a votação no plenário.

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