O Tribunal de Justiça do Distrito Federal afastou a Mesa Diretora da Câmara Legislativa na manhã desta terça-feira (23).

A deputada Celina Leão (PPS), então presidente da Casa, e demais membros da Mesa Diretora –os suplentes Raimundo Ribeiro (PPS), Júlio César (PRB) e Bispo Renato Andrade (PR)–, foram afastados.

Eles são suspeitos de participar de um suposto esquema de pagamento de propina em contratos da UTI, conhecido como "UTIgate". Apesar do afastamento –enquanto durarem as investigações–, eles mantêm o mandato.

As denúncias foram feitas por Liliane Roriz (PTB), ex-vice-presidente da Câmara. A deputada entregou ao Ministério Público gravações que teriam revelado participação dos investigados em um suposto esquema de corrupção, envolvendo o desvio de R$ 30 milhões de sobras orçamentárias, originalmente destinados a serviços na área da saúde. As informações são da Agência Brasil.

Em ação da Operação Dracon, a Polícia Civil cumpriu nesta terça 14 mandados de busca e apreensão e oito de condução coercitiva na Câmara Legislativa do Distrito Federal e nas residências dos suspeitos.

O servidor Alexandre Braga Ciqueira, o ex-servidor Valério Neves Campos e o ex-presidente do Fundo de Saúde do Distrito Federal, Ricardo Cardoso dos Santos, são também alvos da investigação.

Quem assume a presidência da Câmara é o deputado Juarezão (PSB), eleito o novo vice-presidente da Câmara na última segunda (22), já que o cargo estava vacante desde a renúncia de Liliane, no dia 17.

Com o afastamento de Celina, Juarezão se torna o presidente interino até que as investigações terminem. Os deputados Agaciel Maia (PR), Lira (PHS) e Rodrigo Delmasso (PTN) substituem os outros afastados da Mesa.

A assessoria de Celina Leão foi procurada, mas não se pronunciou.