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    o impeachment

    PT rejeita plebiscito sobre novas eleições, proposto por Dilma

    CATIA SEABRA
    DE SÃO PAULO

    24/08/2016 02h00

    Renato Costa/Folhapress
    Executiva Nacional do partido rejeitou plebiscito sobre novas eleições, proposto pela presidente afastada
    Executiva Nacional do partido rejeitou plebiscito sobre novas eleições, proposto pela presidente afastada

    A cúpula do PT rejeitou, por 14 votos a 2, a proposta apresentada pela presidente afastada, Dilma Rousseff, pela convocação de plebiscito sobre antecipação de eleições no Brasil. Reunida nesta terça-feira (23), a Executiva Nacional do partido votou contra a publicação de um documento que endossaria a sugestão de Dilma.

    Foi a primeira vez que o comando do PT se manifestou formalmente sobre a proposta. A emenda –apresentada pelo secretário de Formação do PT, Carlos Henrique Árabe– reproduzia um trecho da carta de compromissos divulgada por Dilma na tentativa de reverter a tendência pelo impeachment no Senado.

    E sugeria uma declaração do partido em favor do plebiscito.

    "O PT apoia a afirmação da presidenta Dilma na sua carta histórica ao povo: 'Estou convencida da necessidade e darei meu apoio irrestrito à convocação de um plebiscito, com o objetivo de consultar a população sobre a realização antecipada de eleições, bem como sobre a reforma política e eleitoral'", dizia o texto que foi rejeitado.

    Na reunião, prevaleceu a avaliação do presidente do PT, Rui Falcão, de que a promessa de um plebiscito não teria, neste momento, capacidade de atrair senadores contra o impeachment. Falcão nega, porém, que esse seja um sinal de afastamento.

    "A carta foi amplamente reproduzida em nosso site. Por que repô-la aqui?", justificou Falcão.

    O debate sobre plebiscito causou acalorada discussão durante a reunião. Falcão questionou declarações de Árabe, que o chamou de "usurpador" por ter se manifestado contra o plebiscito.

    Na reunião, reconheceu ter se excedido na expressão "usurpador". Mas reafirmou que Falcão não deveria ter se declarado contra a antecipação das eleições sem prévia consulta ao partido.

    Embora não defenda o plebiscito, o documento incentiva a realização de ato contra o impeachment e condena o governo de Michel Temer como "usurpador" e ameaça aos direitos sociais.

    "Mas a ação nefasta estende-se à política altiva e ativa do Itamaraty, agora transmutada pelo golpista José Serra em alinhamento automático e submisso aos Estados Unidos", acrescenta.

    O documento aponta a realização dos Jogos Olímpicos no Rio como uma vitória de Lula e Dilma. "As Olimpíadas recém encerradas, cuja realização é uma inegável conquista dos governos Lula e Dilma, mostraram ao mundo um país orgulhoso de si, que não aceita retrocessos e que aprendeu a ocupar seu lugar no mundo", diz.

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