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    o impeachment

    Bate-boca interrompe sessão do impeachment no Senado

    MARIANA HAUBERT
    DÉBORA ÁLVARES
    DE BRASÍLIA

    25/08/2016 11h58 - Atualizado às 13h03

    Pedro Ladeira/Folhapress
    BRASILIA, DF, BRASIL, 25-08-2016, 09h00: A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) acusa os demais senadores de não terem autoridade moral pra julgar Dilma, sucitando a reação dos senadores de oposição à Dilma. Sessão para votação do julgamento final do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, no plenário do senado. O presidente do STF Ministro Ricardo Lewandowski preside a sessão. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress, PODER)
    A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) acusa senadores de não terem autoridade moral pra julgar Dilma

    Um bate-boca entre senadores da base aliada e da oposição levou à suspensão, por alguns poucos minutos, da sessão de julgamento do impeachment no Senado na manhã desta quinta (25).

    Durante a discussão sobre a apresentação de questionamentos sobre o julgamento, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), uma das principais defensoras da presidente afastada, Dilma Rousseff, reagiu a uma fala do senador Magno Malta (PR-BA), que disse que os aliados da petista estão tentando atrasar o processo.

    "Qual a moral tem esse Senado para julgar a presidente Dilma?" afirmou. A fala da senadora gerou a reação dos que defendem a saída de Dilma. "Eu exijo respeito ao decoro. Eu não sou assaltante de aposentado", bradou Ronaldo Caiado (DEM-GO).

    O senador Lindbegh Farias (PT-RJ) levantou-se e, com o dedo em riste, gritou com Caiado: "canalha". O senador respondeu: "Abaixa esse dedo que você só tem coragem aqui, na frente de uma câmera. Vai fazer seu antidopping", afirmou.

    Outros senadores entraram na discussão, o que levou o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski, responsável por comandar o julgamento, a suspender por alguns minutos a sessão. Neste momento, senadores e assessores começaram a acalmar os envolvidos.

    Durante a briga, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), chegou a reclamar da atuação de um assessor que, de acordo com ele, estaria xingando Caiado e a senadora Simone Tebet (PMDB-MS). Um segurança tentou retirar o funcionário do plenário mas parlamentares amenizaram a situação e pediram para ele ficar.

    O marido de Gleisi Hoffmann, o ex-ministro Paulo Bernardo, chegou a ser preso na Lava Jato durante investigação que apura supostos desvios por uma empresa que faz a gestão de crédito consignado de servidores da União.

    Após a discussão, diversos senadores reclamaram do tom adotado por Gleisi e defenderam a prerrogativa do Senado de julgar uma presidente, conforme determina a Constituição.

    A sessão do julgamento final começou nesta quinta (25) com meia hora de atraso, às 9h33. Hoje, os senadores apresentarão sete questionamentos ao processo e depois ouvirão parte das testemunhas. Primeiro serão ouvidos as duas indicadas pela acusação e, em seguida, as seis indicadas pela defesa. A expectativa é de que esta fase acabe na madrugada de sexta para sábado.

    Na semana que vem, os parlamentares ouvirão a defesa pessoal de Dilma e a apresentação final dos advogados. Depois, cada um dos 81 senadores poderá discursar por 10 minutos. Só então, eles iniciarão a votação que selará o destino de Dilma.

    Após uma discussão acalorada com outros senadores, Lewandowski, que preside a sessão, decidiu suspender por alguns minutos a sessão, que já foi retomada.

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