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    o impeachment

    'Impeachment é uma coisa natural na democracia', diz Michel Temer

    GUSTAVO URIBE
    DE BRASÍLIA

    25/08/2016 16h31

    Pedro Ladeira/Folhapress
    O presidente interino Michel Temer
    O presidente interino Michel Temer

    O presidente interino, Michel Temer, negou nesta quinta-feira (25) que esteja nervoso com a fase final do processo de impedimento da presidente afastada, Dilma Rousseff, e afirmou que o impeachment é "uma coisa tão natural na democracia".

    Na história do país, contudo, houve apenas a abertura de dois processos de impeachment pelo Congresso Nacional: do ex-presidente Fernando Collor de Mello, que renunciou ao cargo, e agora de Dilma Rousseff.

    A afirmação do peemedebista foi feita após cerimônia de acedimento da tocha paraolímpica, no Palácio do Planalto.

    Em entrevista à imprensa, o presidente interino foi questionado se estava nervoso com a última etapa do processo de impeachment, iniciada nesta quinta-feira (25) pelo Senado Federal.

    "Imagine. É uma coisa tão natural na democracia", disse.

    Na quarta-feira (24), ao ser questionado pela Folha, o peemedebista já havia negado nervosismo e indicou estar seguro de que já tem os votos necessários para que assuma definitivamente o comando do Palácio do Planalto.

    Perguntado sobre quantos votos acredita ter a seu favor, ele foi direto e sucinto: "Cinquenta e quatro".

    Para que a petista tenha o mandato cassado, é necessário o voto de pelo menos 54 dos 81 senadores no julgamento que deve concluído no dia 30 ou na madrugada do dia 31.

    Apesar de trabalhar intensamente pela aprovação do impeachment, e nos bastidores contar com um apoio maior do que os 54 votos necessários, o peemedebista nunca havia explicitado a certeza da vitória antes.

    A expectativa do Planalto, nos bastidores, é ter até 63 votos pelo impeachment —quatro a mais em relação à votação que deu aval para o julgamento da petista.

    Para chegar a esse placar estimado, o governo tem trabalhado, por exemplo, para conseguir o apoio do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e dos senadores Otto Alencar (PSD-BA) e Elmano Férrer (PTB-PI).

    O primeiro não votou e os dois últimos se posicionaram contra o afastamento.

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