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    Depois de bate-boca, Renan janta com petistas para selar um armistício

    MARIANA HAUBERT
    VALDO CRUZ
    DE BRASÍLIA

    27/08/2016 11h46

    Pedro Ladeira - 26.ago.2016/Folhapress
    Senadora Gleisi Hoffmann (PT) discute com o presidente do Senado Renan Calheiros durante julgamento do impeachment
    Senadora Gleisi Hoffmann discute com o presidente do Senado Renan Calheiros durante julgamento do impeachment

    Na tentativa de desfazer o mal estar criado com a bancada do PT nesta sexta (26), o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), fez um gesto de reaproximação ao oferecer um jantar regado a vinho para alguns deles.

    Dizendo-se arrependido de ter feito um duro discurso que culminou em um ataque à senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), o peemedebista combinou o encontro inicialmente com o senador Jorge Viana (PT-AC), vice-presidente do Senado.

    O petista atuou ao longo do dia para apaziguar os ânimos entre o peemedebista e os outros parlamentares da bancada. Para o jantar, ele levou o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), um dos mais aguerridos defensores da presidente afastada, Dilma Rousseff. Durante o bate-boca protagonizado por Renan, Lindbergh chegou a acusar o peemedebista de o ter empurrado.

    O líder da bancada do PT na Casa, Humberto Costa (PE), também foi convidado mas acabou não comparecendo por questões de saúde.

    De acordo Viana, o encontro foi importante para retomar a boa relação que o partido tem com o peemedebista. "Ele se irritou e passou dos limites. Mas o mais importante é que ele retomou o que ele é durante a tarde. Avaliamos que ele teve um destempero mas soube, honradamente, reconhecer o seu erro", disse.

    À Folha, Viana disse que Renan não se posicionou definitivamente sobre se irá votar no julgamento final. "Acho que ele deveria manter a sua posição de neutralidade, por ser o presidente do Congresso".

    Apesar de ter feito a ofensiva para minimizar as reações, o gesto de Renan foi interpretado pelo Palácio do Planalto e por aliados como um cálculo do peemedebista para selar sua aproximação com o presidente interino Michel Temer e romper qualquer elo que ainda havia entre ele e o partido de Dilma.

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