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    o impeachment

    Adversários nas eleições, Dilma e Aécio se enfrentam em plenário

    DE SÃO PAULO

    29/08/2016 15h06 - Atualizado às 15h50

    Fotomontagem
    BRASÍLIA, DF, BRASIL, 27.08.2016. O senador Aécio Neves fala na Sessão do Senado Federal que julga o Impeachment da preisdente Dilma Rousseff devido as chamadas Pedaladas Fiscais. (FOTO Alan Marques/ Folhapress) PODER//BRASÍLIA, DF, BRASIL, 29.08.2016. Sessão do Senado Federal para o julgamento do Impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff. (FOTO Alan Marques/ Folhapress) PODER
    Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) trocam acusações na sessão do impeachment

    Adversários nas eleições presidenciais de 2014, a presidente afastada Dilma Rousseff (PT) e o senador Aécio Neves (PSDB) voltaram a se enfrentar no plenário nesta segunda (29), durante o julgamento do impeachment.

    "Não poderia imaginar que depois do debate nos encontraríamos no Senado Federal nesta posição", disse Aécio.

    O senador destacou trechos do discurso inicial de Dilma e disse que "não é desonra alguma perder eleições, sobretudo quando se defende ideias e se cumpre a lei", mas que "não diria o mesmo quando se vence as eleições faltando com a verdade e cometendo ilegalidades."

    Aécio citou falas de Dilma em debates eleitorais de 2014, mencionando respostas sobre inflação, baixo crescimento da economia e dívida pública.

    Depois, perguntou: "Em que dimensão Vossa Excelência e seu governo se sentem sinceramente responsáveis por essa recessão, pelos 12 milhões de desempregados no Brasil, por 60 milhões de brasileiros com suas contas atrasadas e uma perda média de 5% da renda dos trabalhadores brasileiros?"

    Dilma respondeu afirmando que também "jamais imaginaria" que, após os debates eleitorais em 2014, voltaria a encontrar o senador nesta situação.

    Dilma Rousseff afirmou que Aécio a acusou "sistematicamente" após o pleito. Ela menciona tentativas de impugnar seu mandato, como recontagem das urnas eletrônicas e dos gastos com a campanha eleitoral.

    A presidente afastada voltou a citar fatores para justificar a crise econômica, como a desvalorização do real, a elevação dos juros nos EUA, as secas no Brasil e a desaceleração da China, além de criticar a eleição de Eduardo Cunha à presidência da Câmara dos Deputados, o que, segundo ela, "produziu situação complexa" para o governo.

    "Eu quero deixar claro, senador, que eu respeito o voto direto neste país. Acho que o voto direto é uma grande conquista nossa", afirmou. "Por isso respeito todos que concorreram comigo. Agora não respeito a eleição indireta que é produto de processo de impeachment sem crime de responsabilidade."

    HISTÓRIA

    Em 2014, Dilma derrotou Aécio nas eleições presidenciais com 51% das urnas – mais de 54 milhões de votos. O tucano ficou em segundo, com 48,36% e 3,4 milhões de votos a menos que Dilma. Essa foi a menor diferença de votos em um segundo turno desde a redemocratização.

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